NECROPOLÍTICA E O SISTEMA DE SAÚDE: UMA ANÁLISE ATUAL
Resumo: Ao abordarmos sobre necropolítica, faz-se necessário, inicialmente, definirmos este termo que teve origem com o historiador e filósofo Achille Mbembe, nascido na República dos Camarões, país da região ocidental da África Central. Isso, no sentido do que se prioriza como escolha, sobre as decisões tomadas no dia-a-dia pela Administração Pública no que se refere a políticas públicas e onde prestar atendimento social. Enfim, sobre onde direcionar e aplicar os recursos públicos e quem serão os mais beneficiados. Método: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, que segundo Minayo, (2008) permite melhor ordenação e compreensão da realidade empírica, deve abranger minimamente os estudos clássicos sobre o assunto em questão, o autor realiza leitura e indagações referentes à realidade. Resultado:Não se pode querer falar do presente sem conhecermos minimamente nosso passado e seus desdobramentos nos campos social, econômico e político. Quando analisamos a escravidão durante a ocupação colonial, assim como em períodos de guerra, percebemos que a morte e a liberdade estão intimamente associadas. Essa realidade velada e perversa, mesmo que não escancarada, ficou muito mais latente com o surgimento da pandemia do Coronavírus, em que se percebeu que pessoas menos assistidas e tangenciadas pela sociedade acabam sofrendo mais e, dramaticamente, morrendo mais. Portanto, apenas se transparece o que sempre existiu: uma desigualdade social brasileira de muitos contrastes.
Conclusão: Dentre algumas alternativas, após análise bibliográfica, foi possível identificar algumas medidas, tais como metas sanitárias segundo raça e cor e a ampliação da cobertura de políticas de seguridade social também considerando raça e cor. Tudo isso se revela, portanto, como uma clara faceta do que acima explicamos: a igualdade material através de ações afirmativas, que inclusive é tida como um concreto objetivo de nossa República, estando prevista na própria Constituição Federal.
NECROPOLÍTICA E O SISTEMA DE SAÚDE: UMA ANÁLISE ATUAL
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DOI: 10.22533/at.ed.9062217081
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Palavras-chave: Necropolítica. Sistema de saúde. Vulnerabilidade social
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Keywords: Necropolitics. Health system. Social vulnerability
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Abstract:
Abstract: When approaching necropolitics, it is necessary, initially, to define this term that originated with the historian and philosopher Achille Mbembe, born in the Republic of Cameroon, a country in the western region of Central Africa. This, in the sense of what is prioritized as a choice, on the day-to-day decisions made by the Public Administration with regard to public policies and where to provide social assistance. Finally, about where to direct and apply public resources and who will benefit the most. Method: This is a bibliographic research, which according to Minayo (2008) allows for a better ordering and understanding of the empirical reality, should minimally cover the classic studies on the subject in question, the author performs reading and inquiries regarding reality. Result: One cannot want to talk about the present without knowing at least our past and its consequences in the social, economic and political fields. When we analyze slavery during colonial occupation, as well as during periods of war, we realize that death and freedom are closely associated. This veiled and perverse reality, even if not wide open, became much more latent with the emergence of the Coronavirus pandemic, in which it was realized that people less assisted and touched by society end up suffering more and, dramatically, dying more. Therefore, only what has always existed appears: a Brazilian social inequality of many contrasts. Conclusion: Among some alternatives, after a bibliographic analysis, it was possible to identify some measures, such as health goals according to race and color and the expansion of the coverage of social security policies, also considering race and color. All this reveals itself, therefore, as a clear facet of what we explained above: material equality through affirmative actions, which is even considered a concrete objective of our Republic, being provided for in the Federal Constitution itself.
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Número de páginas: 12
- Ingrid Da Silva Pires
- Flávia Giendruczak Da Silva
- Liege Segabinazzi Lunardi
- Débora Machado do Espírito Santo
- Adelita Noro
- Paula de Cezaro
- Ana Paula Wunder Fernandes
- Vanessa Belo Reyes
- Ana Paula Narcizo Carcuchinski
- Yanka Eslabão Garcia
- Zenaide Paulo da Silveira
- Adriana Maria Alexandre Henriques
