NAS TRILHAS DA MEMÓRIA: LEMBRANÇAS ATUAIS DO REPERTÓRIO REPENTISTA DE ZÉ DA PRATA
O repente, oriundo de improvisos compostos basicamente de acordo com a situação em que o repentista está inserido, é uma prática presente no Brasil, especialmente entre os violeiros do nordeste. Observando tal fato, o presente estudo discute a prática de improvisar de um nordestino piauiense, comumente conhecido como Zé da Prata que, desde muito jovem, fazia versos rimados sobre diversos eventos cotidianos da cidade de Altos, lugar em que viveu durante toda a vida. Além dessas questões, importante explicitar que os improvisos de Zé da Prata, no momento em que eram criados, se popularizaram justamente porque continham representações caricaturescas e satíricas e elementos estruturais que facilitavam a memorização e a divulgação do público através da oralidade. Atualmente, tais improvisos também possuem uma constante divulgação, como elemento que representa dados culturais e artísticos da cidade de Altos-PI e estão presentes não somente através da oralidade, mas também em livros, como os de Zózimo Tavares (1995) e na literatura de cordel. Nesse sentido, o objetivo principal do trabalho é discutir a partir das entrevistas, a importância da memória como veículo pertinente para compreendermos os improvisos de Zé da Prata. Metodologicamente, utilizamos uma bibliografia literária e histórica, pois nos ajudou a entendermos mais os conceitos relativos à arte de improvisar, bem como pesquisas com indivíduos contemporâneos ao repentista estudado. Dessa forma, através do trabalho, enfatizamos que a improvisação não é apenas uma forma de o repentista demonstrar rimas, mas também, um ato de interação social, tendo em vista que, a partir da situação, Zé da Prata criou versos espelhados na realidade social que, ainda hoje, fazem parte da memória coletiva da cidade de Altos-PI
NAS TRILHAS DA MEMÓRIA: LEMBRANÇAS ATUAIS DO REPERTÓRIO REPENTISTA DE ZÉ DA PRATA
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DOI: 10.22533/at.ed.06621190317
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Palavras-chave: Improvisos. Culturas. Memória.
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Keywords: improvisation. Cultures. Memory.
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Abstract:
The repente, derived from improvisation composed basically according to the situation in which the repentista is inserted, is a present practice in Brazil, especially among the northeastern violists. Noting this fact, the present study discusses the improvise practice of a northeastern man from Piauí, named, commonly known as Zé da Prata, who since a very young age wrote rhymed verses about several daily events of the city of Altos, the town where he lived all his life. Besides these issues, the important explicit improvisations Zé da Prata, at the time they were created, became popular precisely because they contained caricaturescas and satirical representations and structural elements that facilitated the storage and disclosure of the public through orality. Currently such improvisational also have a constant dissemination, as an element that represents cultural and artistic data from the city of High -PI and are present not only through oral tradition, but also in books, such as Zózimo Tavares (1995) and the literature twine. In this sense, the main objective of the work is to discuss, based on information, the importance of memory as a relevant vehicle for understanding Zé da Prata's improvisations.Methodologically, we used a literary and historical basis because it has helped us to understand more the concepts relating to the art of improvising as well as researches/interviews with contemporaneous individuals of the studied repentista. In this way, throughout this work, we have emphasized the improvisation is not only a way the repentista has to demonstrate rhymes, but also, a social interaction act, bearing in mind that, from a given situation, Zé da Prata created verses that mirrored the social reality, which, nowadays, are part of the Altos city collective memory.
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Número de páginas: 17
- Josi de Sousa Oliveira
