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NARRATIVAS VISUAIS NA PROSA DO MUNDO

Maurice Merleau-Ponty (1908-1961), o “filósofo da existência”, dedicou sua obra às manifestações libertas do domínio da razão doentia, valorizando os modos de presença do ser humano. Nesse sentido, deu especial atenção à produção criativa das crianças, do doente mental e do homem de culturas primevas. No livro “Conversas” (1948), assim como, em “A Natureza” (1952-1960), o fenomenólogo francês estuda os elementos expressivos que decorrem da animalidade. Não obstante, no quarto e último capítulo de “A prosa do Mundo” (1969), intitulado “A Expressão da Criança”, ele aponta as linhas epistemológicas implícitas nos desenhos da infância que, a seu curso, encontram-se relacionadas aos formantes das obras de arte (espacialidade, perspectivas indiretas, representações espaço-temporais, sensações cromáticas e formais). O estudo recorre a um banco de percepções, constituído de materiais iconográgicos: Imagens do inconsciente que ilustram o livro da Drª Nise da Silveira de 1981; elementos de um Albúm de desenhos de Criança, elaborado cerca de sete décadas passadas (Coleção particular, RJ, Br.); Manifestações pré-históricas de Mato Grosso, pesquisadas no livro Veado Perdido, Percursos Rupestres... (CUNHA, 2009), tendo constituintes que dialogam com o repertório de sítios europeus e africanos. A presente proposta, ao estetizar as narrativas visuais como documentos auto-biográficos, atenta para as possibilidades que estas exibem como objetos de conhecimento. Seguramente, constituem meios didático-pedagógicos que se atualizam no tempo/espaço, instigando percepções, em coexistência com o mundo e sua prosa.

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NARRATIVAS VISUAIS NA PROSA DO MUNDO

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.39221090712

  • Palavras-chave: Narrativas Visuais; Expressão/Percepções/Sentidos; Meios Didático-Pedagógicos; Pesquisa (Auto)Biográfica; Merleau-Ponty/Fenomenologia.

  • Keywords: Visual Narratives; Expression/Perceptions/Senses; Means of Teaching and Learning; (Auto)Biographic Research; Merleau-Ponty/Phenomenology

  • Abstract:

    Maurice Merleau-Ponty (1908-1961), the “philosopher of existence”, dedicated his work to the manifestations freed from the domain of unhealthy reason, valuing the modes of presence of the human being. In this sense, he gave special attention to the creative production of children, the mentally ill, and the man of primeval cultures. In his books “The World of Perception” (1948) and “Nature” (1952-1960), the french phenomenologist studies the expressive elements that arise from animality. However, in the fourth and last chapter in his “The Prose of the World” (1969), with the title “Expression and the Child’s Drawing”, he points out the epistemological lines that are implicit in drawings made by children that, in turn, are related to the formers of works of art (spatiality, indirect perspectives, spatial-temporal representations, chromatic and formal sensations). This study resorts to a bank of perceptions composed by iconographic materials: Images of the unconscious that illustrate the book written by Dr. Nise da Silveira (1981); Elements from a child’s book of drawings done about seven decades ago (Private Collection, RJ, BR); Prehistoric manifestations found in Mato Grosso, researched in the book Veado Perdido, Percursos Rupestres… (CUNHA, 2009) which have components that dialogue with the repertoire from European and African sites. This proposition, by aestheticizing the visual narratives as auto-biographic documents, brings attention to the possibilities they demonstrate as objects of knowledge. They surely comprise teaching and learning means that are updated in time and space, instigating perceptions, coexisting with the world and its prose.

  • Número de páginas: 17

  • Tereza Ramalho de Azevedo Cunha
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