O pensamento pós-moderno traz no bojo questões matizadas na perspectiva das linhas (BOAVENTURA, 2007). Assim, processos perversos de inculcação engendram manipulação e controle para a dominação. Processos que impedem notar possibilidades na construção dos conhecimentos, para além da linha estabelecida como hegemônica. Destarte, o conhecimento pós-abissal vislumbra um currículo que estabelece pontes, depreendendo a ecologia de saberes. Currículo que considera a cultura, as intersubjetividades e as relações sociais no processo epistemológico: suas relações e implicações. A ação de sufocamento das demais epistemologias e suas culturas acarretaram o cognominado epistemicídio. Destarte, as linhas radicais que cindem a sociedade em dois universos distintos desdobram-se em dois movimentos: o hegemônico e o contrahegemônico. Estrutura-se no contraponto entre regulação e emancipação. Este estudo revisita os constructos da ideologia imposta pela classe dominante às demais classes bem como engendra tensionamentos possíveis entre regulação e processos emancipatórios. A educação é uma blindagem necessária contra os processos de alienação.