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capa do ebook MUSICORDEL: Memórias e narrativas amazônicas em versos cantados

MUSICORDEL: Memórias e narrativas amazônicas em versos cantados

Raymond Williams evidenciou um grande avanço no campo dos estudos culturais e da literatura a partir do século XIII com a chamada Revolução Cultural na Europa. Antônio Candido, 2006 na obra “Literatura e sociedade” ressaltou a oralidade literária no Brasil colônia a partir do XVI. Porfírio em 1999 revelou a presença de cordel durante a primeira metade do século XX nos seringais acreanos. O autor reitera que, consequentemente, a partir de 1970 surgiram as primeiras produções locais da literatura popular, explorando narrativas sobre seringueiros, ribeirinhos e indígenas. Nesse contexto, objetiva-se aqui, discutir a importância do cordel como expoente da cultura, da literatura e das artes através da análise e musicalização do poema “cantos do Acre” de Océlio de Medeiros. Para essa análise tomou-se como base teórica os estudos culturais de Williams (1969), Porfírio (1999), Daghlian (1985), dentre outros autores. Na parte metodológica, foi realizada uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo com o propósito de refletir sobre a narrativa contida nos versos de Medeiros, propondo uma musicalização dos versos desse poeta a fim de oferecer o texto mais prazeroso para o leitor, incentivando a prática leitora. Para tanto, consideramos a estrutura poética das estrofes, as rimas do cordel, a consonância e adequação ao compasso binário do forró, estilo musical muito apreciado nos seringais. Contudo, foram necessárias algumas adaptações como o acréscimo de palavras para a construção rítmica musical. Concluiu-se, por esse viés, que a musicalidade inserida à literatura poderá torná-la mais atrativa e a interpretação do conteúdo do texto mais acessível ao leitor/ouvinte por meio da memorização.

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MUSICORDEL: Memórias e narrativas amazônicas em versos cantados

  • DOI: 10.22533/at.ed.33621060513

  • Palavras-chave: Memórias. Cultura popular. Océlio de Medeiros. Musicalidade.

  • Keywords: Memories. Popular culture. Océlio de Medeiros. Musicality.

  • Abstract:

    Raymond Williams evidenced a great advance in the field of cultural studies and literature from the 13th century with the so-called Cultural Revolution in Europe. Antônio Candido, 2006 in the work “Literatura e Sociedade” highlighted literary orality in colonial Brazil from the XVI. Porfírio in 1999 revealed the presence of cordel during the first half of the 20th century in the Acre rubber plantations. The author reiterates that, consequently, from 1970 onwards the first local productions of popular literature emerged, exploring narratives about rubber tappers, riverside dwellers and indigenous people. In this context, the objective here is to discuss the importance of cordel as an exponent of culture, literature and the arts through the analysis and musicalization of the poem “cantos do Acre” by Océlio de Medeiros. For this analysis, the cultural studies of Williams (1969), Porfírio (1999), Daghlian (1985), among other authors, were taken as theoretical basis. In the methodological part, a bibliographic research of qualitative nature was carried out with the purpose of reflecting on the narrative contained in Medeiros' verses, proposing a musicalization of this poet's verses in order to offer the most pleasant text for the reader, encouraging the reading practice. Therefore, we consider the poetic structure of the stanzas, the rhymes of the cordel, the consonance and adequacy to the forró's binary compass, a musical style very appreciated in the rubber plantations. However, some adaptations were necessary, such as the addition of words for the musical rhythmic construction. It was concluded, due to this bias, that the musicality inserted in literature can make it more attractive and the interpretation of the text content more accessible to the reader / listener through memorization.

  • Número de páginas: 15

  • Ana Lúcia Vidal Barros.
  • Uthant Benício de Paiva
  • Cesar Claudino Pereira
  • Paulo Eduardo Ferlini Teixeira
  • JOSE ELIZIARIO DE MOURA
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