Mentha x villosa Huds, conhecida popularmente como hortelã miúda, é uma planta
medicinal muito utilizada para o tratamento de distúrbios gastrointestinais. Através das
metodologias de cultivo de tecidos vegetais in vitro tem sido possível a multiplicação e conservação
in vitro de fontes vegetais, possibilitando o desenvolvimento comercial de várias espécies. Neste
sentido, objetivou-se no presente trabalho estabelecer um protocolo de multiplicação e conservação
in vitro da Mentha x villosa Huds, visando à disponibilização de mudas para gestores de saúde e
estabelecimento de farmácias vivas. Para isso, segmentos nodais retirados de plantas cultivadas em
campo foram devidamente desinfestados e inoculados em placas de Petri contendo o meio de
cultura MS, suplementado com 30 g L -1 de sacarose, e mantidos em sala de crescimento sob
condições controladas. Após 21 dias, os explantes responsivos foram reintroduzidos em placas de
Petri contendo o mesmo meio de cultura, suplementado 1,0 mg L -1 de BAP. Com 45 dias de cultivo,
os explantes foram transferidos para frascos contendo o meio MS, suplementado com 30 g L -1 de
sacarose e BAP nas concentrações de 0,0; 0,5; 1,0; 1,5 mg L -1 . O delineamento experimental
utilizado foi inteiramente causalizado, com 6 repetições, sendo cada repetição constituída de um
frasco contendo três segmentos nodais. Após 60 dias, foram avaliados o percentual de explantes
responsivos (explantes com desenvolvimento de brotos) e o número de brotações por explantes.
Posteriormente, as plantas foram aclimatizadas, por 30 dias, sendo avaliada a porcentagem de
sobrevivência ao final da aclimatização. Algumas plantas oriundas da micropopagação foram
utilizadas em ensaios de conservação in vitro, onde segmentos nodais com aproximadamente 1,5
cm, foram inoculados em meio de cultura MS em diferentes concentrações (MS, MS/2 e MS/4) e
com distintas concentrações de sacarose (15 e 30 g L -1 ), mantidos em câmara climatizada BOD sob
condições controladas. Após 30 dias de cultivo, as plantas foram avaliadas, utilizando as seguintes
variáveis: altura da planta, número de folhas senescentes, número de ramificações e número de
raízes. Após 120 dias foi realizada outra avaliação para verificar viabilidade das plantas em relação
aos tratamentos, com as variáveis descritas anteriormente. A adição do BAP no meio de cultura
proporcionou um aumento na multiplicação in vitro de brotos de hortelã, especificamente na
concentração de 1,5 mg L -1 . Na aclimatização observou-se sobrevivência de 100% das plantas. os

resultados indicam que é possível a conservação in vitro de plantas de hortelã sem subcultivar por
um período de120 dias, utilizando o meio MS na metade e a 1,4 de sua concentração e adição de 30
g L -1 de sacarose.