Artigo - Atena Editora

Artigo

Baixe agora

Livros

MULHERES NA LINHA DE FRENTE DA COVID-19: IMPACTOS À SAÚDE MENTAL E SUBJETIVIDADE

O presente estudo buscou analisar os impactos que o contexto pandêmico gerou na saúde mental e subjetividade das mulheres que atuaram na linha de frente da Covid-19, compreendendo as condições materiais e subjetivas a que essas trabalhadoras estavam submetidas. O procedimento metodológico empregado nesta pesquisa é qualitativo do tipo exploratório. Foram feitas sete entrevistas individuais com roteiro semiestruturado, contendo perguntas abertas e fechadas. Em relação ao perfil das participantes, elas apresentaram uma idade média de 49 anos, autodeclaradas brancas, com emprego formal, pertencentes a um nível socioeconômico alto e dispunham de um grau elevado de escolarização. Os dados coletados foram analisados sob os preceitos da análise hermenêutico-dialética, com a formação de cinco categorias de análise para facilitar a identificação de significados compartilhados e sentidos próprios expressos nas falas. No que toca aos resultados, as entrevistadas  verbalizaram a respeito da intensa jornada de trabalho, da conciliação entre a esfera doméstica e a esfera produtiva, do medo perante a contaminação e transmissão do vírus, da sensação de impotência frente às mortes, do sentimento de solidão em relação a alguns familiares e amigos e da presença de solidariedade entre as equipes profissionais. Dito isso, notou-se que, embora pertencessem a uma classe social alta e tivessem um amparo das instituições em que trabalhavam, a situação pandêmica gerou sofrimento psíquico e físico nas mulheres em questão.
Ler mais

MULHERES NA LINHA DE FRENTE DA COVID-19: IMPACTOS À SAÚDE MENTAL E SUBJETIVIDADE

  • DOI: 10.22533/at.ed.96523091016

  • Palavras-chave: Mulheres; Pandemia; Profissionais da Saúde; Saúde Mental; Trabalho.

  • Keywords: Women; Pandemic; Healthcare Professionals; Mental Health; Work.

  • Abstract: This research seeks to analyze the impacts that the pandemic context has caused in women who were on the frontline against Covid-19, specifically on their mental health and subjectivity, taking in consideration the material and subjective conditions that this workers were submitted. The methodological procedure used in this research is qualitative from the exploratory kind. Seven individual interviews were conducted with a semi-structured script, containing open and closed questions. Regarding the profile of the participants, they had an average age of 49 years, self-declared white, with formal employment, belonging to a high socioeconomic level and had a high level of schooling. The collected data were analyzed under the precepts of hermeneutic-dialectic analysis, with the formation of five categories of analysis to facilitate the identification of shared meanings and personal meanings expressed through their speech. With reference to the results, the interviewees talked about the intense workday, the reconciliation between the domestic sphere and the productive sphere, the fear of contamination and transmission of the virus, the feeling of impotence in the face of deaths, the feeling of loneliness in relation to some family members or friends and the presence of solidarity among the professional teams. That being said, it was recognized that, although they belonged to a high social class and were supported by the institutions in which they worked, the pandemic situation established psychic and physical suffering in the women in question.

  • Beatriz Rezende Dias
Fale conosco Whatsapp