Mulheres Indígenas de Roraima: protagonismo, resistência e luta
O objetivo desta comunicação é analisar o movimento de mulheres indígenas de Roraima na luta pelos direitos, destacando a sua mobilização nas etnorregiões políticas e culturais do lavrado roraimense. As mulheres indígenas são visibilizadas nos afazeres domésticos, sobretudo, no preparo da dieta alimentar em suas comunidades, mas nunca como lideranças políticas, ficando na maioria das vezes nos “bastidores” dos movimentos indígenas ao longo dos processos históricos. Em Roraima, o movimento indígena tem visibilidade nos anos de 1970 com a assembleia dos tuxauas, materializando o Conselho Indígena de Roraima em meados dos anos de 1990, tendo na sua estrutura o Departamento de Mulheres Indígenas que assume a Secretaria-Geral. Com vistas ao seu empoderamento as mulheres criam a Organização das Mulheres Indígenas de Roraima – OMIRR para articulação das questões feministas, levantando a bandeira do combate ao “alcoolismo” nas comunidades indígenas. Segundo a OMIRR é por meio da bebida alcoólica que a violência entra nas comunidades indígenas. Portanto, o combate ao alcoolismo, sendo uma das ações mais fortes e presentes no movimento de mulheres. O referencial teórico-metodológico está embasado nos estudos etnográficos como Strathern (2006) e, também com as questões do feminismo contemporâneo nas leituras de Torres (2011, 2015). Esperamos com esta comunicação trazer à tona as relações de gênero no contexto da realidade sociocultural indígena, e tem-se modificado com a organização do protagonismo das mulheres.
Mulheres Indígenas de Roraima: protagonismo, resistência e luta
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Palavras-chave: Mulheres Indígenas. Movimento Indígena. Direitos. Feminismo
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Keywords: Keywords
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Abstract:
Abstract
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Número de páginas: 12
- Marcos Antonio Braga de Freitas