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MORTALIDADE POR OBESIDADE E OUTRAS FORMAS DE HIPERALIMENTAÇÃO NO BRASIL ENTRE 2009 E 2019

A obesidade é doença crônica complexa e multifatorial, que está diretamente associada um balanço energético positivo persistente por um período prolongado, apontada pela Organização Mundial de Saúde – OMS como um dos maiores problemas de saúde no mundo. Variáveis importantes como a interação de estilo de vida, genes e fatores emocionais, que ocasionam o excesso de peso, que é indicado pelo índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30 kg/m² estão entre as principais causas dessa enfermidade. As implicações dessa prevalência de obesos está diretamente ligado com o aumento das doenças crônicas não transmissíveis, e associam-se significativamente a um aumento expressivo da morbidade e mortalidade na população, refletindo um grande problema de saúde pública. No presente estudo, foi delineado o perfil epidemiológico dos óbitos por obesidade e outras formas de hiperalimentação no brasil entre 2009 e 2019, levando em consideração distribuição geográfica, sexo, ano do óbito, faixa etária e contexto étnico. 

Objetivo: Avaliar a mortalidade decorrente da obesidade e de outras formas de hiperalimentação no Brasil no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2019. 

Métodos: Trata-se de um estudo analítico e descritivo de corte transversal, baseado em dados secundários, notificados no Sistema de Informações sobre Mortalidade do SUS (SIM/SUS) do Ministério da Saúde. 

Resultados: Segundo dados coletados, foi encontrado um total de 28.116 casos de óbitos decorrente da obesidade e de outras formas de hiperalimentação, de 2009 a 2019. Quanto à distribuição geográfica, o estado de São Paulo concentrou maior número de casos, com 7.166 (25,48%), seguido dos estados do Minas Gerais, com 2.998 (10,66%), e Paraná, com 2.510 (8,92%). No que diz respeito ao sexo, 17.463 casos (62,11%) eram do sexo feminino. Quanto ao ano do óbito, houve uma distribuição relativamente constante, com discreto aumento ao longo dos anos, com pico em 2019 (11,25%) e menor número em 2009 (7,25%). A faixa etária mais acometida durante o período selecionado foi de 50 a 59 anos, com 22,21% (6.245), seguido de 60 a 69 anos, com 21,18% (5.956). Apenas 1.302 casos (4,63%) foram registrados até a faixa etária de 29 anos. No contexto étnico, 58,12% (16.341) dos indivíduos registrados eram brancos, seguidos de 29,30% (8.239), que eram pardos. 

Conclusões: Com base nos resultados, percebe-se que houve um predomínio de óbitos no sexo feminino, com distribuição relativamente constante no período estudado, com predomínio em faixas etárias mais avançadas e distribuição relativamente frequente nos grupos étnicos estudados, com predominância entre brancos e pardos. Portanto, é percebido uma relação de concordância entre os padrões de mortalidade estabelecidos pela literatura prévia para com os dados obtidos a partir da tabulação com o SIM (Sistema de Informação de Mortalidade). 

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MORTALIDADE POR OBESIDADE E OUTRAS FORMAS DE HIPERALIMENTAÇÃO NO BRASIL ENTRE 2009 E 2019

  • DOI: 10.22533/at.ed.65521080912

  • Palavras-chave: obesidade, nutrição, endocrinologia, mortalidade

  • Keywords: obesity, nutrition, endocrinology, mortality

  • Abstract:

    Obesity is a complex and multifactorial chronic disease, which is directly associated with a persistent positive energy balance for a long period, identified by the World Health Organization - WHO as one of the biggest health problems in the world. Important variables such as the interaction of lifestyle, genes and emotional factors that cause excess weight, which is indicated by the body mass index (BMI) equal to or greater than 30 kg/m² are among the main causes of this disease. The implications of this prevalence of obese people is directly linked to the increase in non-communicable chronic diseases, and are significantly associated with a significant increase in morbidity and mortality in the population, reflecting a major public health problem. In this study, The epidemiological profile of deaths from obesity and other forms of hyperalimentation in Brazil between 2009 and 2019 was outlined, taking into account geographic distribution, sex, year of death, age group and ethnic background. 

    Objective: To evaluate mortality due to obesity and other forms of hyperalimentation in Brazil from January 2009 to December 2019. 

    Methods: This is an analytical and descriptive cross-sectional study, based on secondary data, reported in the System from the SUS Mortality Information (SIM/SUS) of the Ministry of Health. 

    Results: According to collected data, a total of 28,116 cases of deaths due to obesity and other forms of hyperalimentation were found, from 2009 to 2019. Regarding geographic distribution , the state of São Paulo concentrated the highest number of cases, with 7,166 (25.48%), followed by the states of Minas Gerais, with 2,998 (10.66%), and Paraná, with 2,510 (8.92%). With regard to gender, 17,463 cases (62.11%) were female. As for the year of death, there was a relatively constant distribution, with a slight increase over the years, with a peak in 2019 (11.25%) and a lower number in 2009 (7.25%). The most affected age group during the selected period was 50 to 59 years old, with 22.21% (6,245), followed by 60 to 69 years old, with 21.18% (5,956). Only 1,302 cases (4.63%) were registered up to the age of 29 years. In the ethnic context, 58.12% (16,341) of registered individuals were white, followed by 29.30% (8,239), who were brown. 

    Conclusions: Based on the results, it is clear that there was a predominance of deaths in females, with a relatively constant distribution in the period studied, predominantly in older age groups and relatively frequent in the ethnic groups studied, with a predominance of whites and browns. Therefore, a agreement relationship between the mortality patterns established by the previous literature with the data obtained from the tabulation with SIM (Mortality Information System). 

  • Número de páginas: 4

  • Nelson Junot Borges
  • Raiza Alessandra Fontoura Torres
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