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Mortalidade Materna no Brasil nos últimos 15 anos: uma revisão de literatura

INTRODUÇÃO: A redução da mortalidade materna no Brasil ainda é uma adversidade. Define-se como mortalidade materna, a morte de uma mulher no decorrer da gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independentemente da localização ou duração gravídica. Dados apontam que aproximadamente 830 mulheres em todo o mundo, morrem diariamente por causas relacionadas à gestação e ao parto, demonstrando a importância de compreender essa problemática e solucioná-la. OBJETIVO: Reconhecer as causas da mortalidade materna no Brasil nos últimos 15 anos. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura por meio de estudos retrospectivos publicados nos anos de 2011 a 2020, obtidos nas bases de dados US National Library of Medicine (PubMed), Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e Google Scholar (Google Acadêmico) que se adequaram aos descritores mortalidade materna, saúde da mulher, registros de mortalidade, epidemiologia e morbidade. Posto isso, visou-se responder a seguinte pergunta norteadora: quais as causas de mortalidade materna nos últimos 15 anos? RESULTADOS: Os fatores a serem considerados nas mortes maternas são o perfil epidemiológico, assistência pré-natal, fatores de risco, causas obstétricas diretas e indiretas e tipos de parto. Assim, o perfil mais afetado são mulheres com faixa etária entre 20 e 34 anos, pretas e pardas, ensino médio incompleto, em união estável e assalariadas. Em relação ao pré-natal, ficou clara sua importância para o desenvolvimento saudável da gestação, visto que dentre muitos óbitos, essa assistência não foi utilizada. Nos fatores de risco, constatou-se maior relevância no uso de drogas, idade avançada e comorbidades. Quanto às causas obstétricas diretas e indiretas, observou-se maior constância de causas diretas em relação às indiretas. Por fim, nos tipos de parto, notou-se que o cesáreo ocorre com maior frequência, acompanhado por alto número de mortes quando comparado com o parto normal. CONCLUSÃO: As causas de mortalidade materna são de ordem obstétrica direta - hipertensão, hemorragia, infecção puerperal, aborto, sepse, tromboembolismo, falência múltipla de órgãos, insuficiência respiratória - e indireta - doenças infecciosas, parasitárias, transtornos hipertensivos prévios à gestação, neoplasias, choque séptico. Por fim, faz-se necessário a implementação de medidas que sancionem uma maternidade segura, afinal, cada óbito configura o retrato de um sistema de saúde que falha em seu papel de garantir cuidados obstétricos ideais, dignos às parturientes e invioláveis aos direitos humanos de reprodução.

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Mortalidade Materna no Brasil nos últimos 15 anos: uma revisão de literatura

  • DOI: 10.22533/at.ed.69321030910

  • Palavras-chave: Mortalidade Materna; Saúde da Mulher; Registros de Mortalidade; Epidemiologia; Morbidade.

  • Keywords: Maternal Mortality; Women’s Health; Mortality Registries; Epidemiology; Morbidity.

  • Abstract:

    INTRODUCTION: The maternal mortality reduction in Brazil is still and adversity. As a definition for maternal mortality, is considered the death of any woman during gestation or on the following 42 days to the end of gestation, regardless the location or duration of pregnancy. Data point out that approximately 830 women worldwide, pass away daily due to causes associated with pregnancy or labor, evidencing the importance in comprehension of this problematic and thus solve it. OBJECTIVE: Acknowledge the maternal mortality causes in Brazil in the last 15 years. METHODOLOGY: A integrative literature review was done through retrospective studies published from 2011 to 2020, gotten in the databases from US National Library of Medicine (PubMed), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) and Google Scholar, suiting the descriptors: maternal mortality, women’s health, mortality registries, epidemiology and morbidity. Hence, this article sought to reply the following guiding question: which are the maternal mortality causes in the last 15 years? RESULTS: The factors to be considered in the maternal demise are the epidemiologic profile, prenatal assistance, risk factors, direct and indirect obstetrical relations and types of birth. Therefore, the most affected profile are women in the age group between 20 and 34 years old, black or brown, incomplete high school, on stable union and working under salaried job. Regarding the prenatal care, its importance for a healthy development became clear, for in many obits this assistance was not present. About the risk factors, it was possible to notice a major relevance in the use of drugs, advanced age and comorbidities. Concerning the direct and indirect obstetric causes, it was verified a major constancy in the direct causes in relation to the indirect ones. Lastly, in the birth types, was possible to notice that caesarian birth is more frequently followed by high rates of deaths when compared to natural birth. CONCLUSION: Causes of maternal mortality are direct obstetrical order - hypertension, hemorrhage, puerperal infection, abortion, sepsis, thromboembolism, multiple organ failure, respiratory failure - and indirect - infectious and parasitic diseases, hypertensive disorders prior to pregnancy, neoplastic diseases, septic shock. Ultimately, is imperative to implement measures which ratify a safe motherhood, after all, each death portrays a flawed health system which lacks its role in guaranteeing ideal obstetric attention, rightful to parturient women and inviolable to the human rights of reproduction.

  • Número de páginas: 12

  • Ana Liz Lopes Billegas
  • Flaviane da Cunha Medeiros
  • Jordana Rodovalho Gontijo Germano
  • Amanda Cristina Siqueira Rosa
  • Renata Silva do Prado
  • Vanessa de Deus Gonçalves
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