MONTESQUIEU, BENJAMIN CONSTANT, TOCQUEVILLE E ALGUNS PROBLEMAS DO MUNDO MODERNO.
O presente trabalho tem como escopo discutir o posicionamento teórico de Montesquieu, Benjamin Constant e Tocqueville em referência à delimitação de poder e a representatividade política na democracia liberal. A escolha dos pensadores que são objeto deste estudo não se deu fortuitamente, sendo que um dos marcos teóricos que amparam a escolha foi apresentado, ou seja, sua apropriação da vivência/meditação de origem anglófila sobre as bases da democracia liberal. Não obstante, destacamos também a proximidade intelectual que há, por herança, entre as instituições políticas brasileiras e francesas. Contudo, um interlocutor poderia nos questionar, ainda, sobre a distância entre o memento nosso histórico e o dos autores que são objetos de nosso estudo; a este interlocutor podemos responder que a distância contestada é, de fato, positiva para a avaliação crítica almejada, uma vez que ganhamos distanciamento do objeto de estudo e uma visão panorâmica das ideias e dos fatos por elas engendrados. Não negamos, porém, que a motivação principal da pesquisa está ancorada nos problemas contemporâneos e pela crítica que vem sofrendo a ideia de democracia representativa. Contudo, a revisão de alguns pontos de vista, ou a ruminação de ideias, é sempre um passo importante na reflexão filosófica, principalmente no que tange a uma parte tão prática e tão próxima de nós, quanto a filosofia política. Como metodologia de trabalho faremos um estudo monográfico acerca das principais obras de cada um dos referidos autores, seguindo a ordem cronológica de aparecimento da reflexão de cada um, tendo como fonte primária textos destacados dos livros: O Espírito das Leis, de Montesquieu, Princípios de política aplicados a todos os governos, de Benjamin Constant, e Lembranças de 1848 e trechos de A democracia na América, de Alexis de Tocqueville.
MONTESQUIEU, BENJAMIN CONSTANT, TOCQUEVILLE E ALGUNS PROBLEMAS DO MUNDO MODERNO.
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DOI: 10.22533/at.ed.38921260818
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Palavras-chave: Modernidade, Democracia, Filosofia Política.
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Keywords: Modernity, Democracy, Political Philosophy
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Abstract:
This work aims to discuss the theoretical position of Montesquieu, Benjamin Constant and Tocqueville in reference to the delimitation of power and political representation in liberal democracy. The choice of the thinkers who are the object of this study was not random, and one of the theoretical frameworks that support the choice was presented, that is, their appropriation of the experience/meditation of anglophile origin on the bases of liberal democracy. However, we also highlight the intellectual proximity that exists, by inheritance, between Brazilian and French political institutions. However, an interlocutor could also question us about the distance between our historical memento and that of the authors who are the object of our study; to this interlocutor we can answer that the contested distance is, in fact, positive for the desired critical evaluation, since we gain distance from the object of study and a panoramic view of the ideas and facts engendered by them. We do not deny, however, that the main motivation of the research is anchored in contemporary problems and in the criticism that the idea of representative democracy has been suffering. However, the review of some points of view, or the rumination of ideas, is always an important step in philosophical reflection, especially with regard to a part as practical and as close to us as political philosophy. As a work methodology, we will carry out a monographic study of the main works of each of the aforementioned authors, following the chronological order of appearance of the reflection of each one, having as primary source highlighted texts from the books: L'Esprit Des Lois, by Montesquieu, Benjamin Constant's Principes de politique applicables à tous les gouvernements représentatifs, and Souvenirs de 1848, from Alexis de Tocqueville.
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Número de páginas: 13
- Marco Antonio Barroso