Com o avanço das fronteiras agrícolas e a substituição da vegetação natural por espécies de interesse comercial, o reflorestamento recebe destaque por seu desempenho em diversos serviços ecossistêmicos, principalmente como reservatório de carbono. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o estoque de carbono no solo, assim como da fração lábil da matéria orgânica do solo, em um Planossolo em área de reflorestamento com espécies nativas de Mata Atlântica, em Seropédica (RJ). Foram coletadas amostras deformadas e indeformadas em 8 profundidades: 0-5, 5-10, 10-20, 20-30, 30-40, 40-60, 60-80 e 80-10 (cm) e conduzidas ao Laboratório de Matéria Orgânica do Solo (LMOS) para análises de densidade, carbono orgânico total, fração leve livre e estoque de carbono (0-40 e 0-100 cm). A densidade apresentou valores que variam de 1,20 a 1,70 mg/m³, com o aumento ocorrendo em profundidade. Em contraste, a fração leve livre diminuiu drasticamente com a profundidade, principalmente a partir da profundidade 20-30 cm. O estoque de carbono orgânico do solo a profundidade 0-40 cm foi de 143,38 Mg.ha -1 , correspondendo a 58% do carbono estocado até 100 cm (246,28 Mg.ha -1 ). Em geral, os resultados foram semelhantes ao encontrado na literatura, com exceção do carbono orgânico total que apresentou aumento em profundidade. Acredita-se que esse comportamento tenha ocorrido em função da área no passado ter sido aterrada, adicionando matéria orgânica não humificada em profundidade. Esse comportamento pode ser observado ocorrendo em menor grau na densidade, que apresenta uma rápida redução na profundidade 40-60 cm e novamente volta a aumentar.