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MODELOS ATÔMICOS NO ENSINO REGULAR: UMA AULA VOLTADA PARA ALUNOS SURDOS

No decorrer dos anos as questões relacionadas à educação inclusiva ganharam destaque, conquistaram adeptos em todo o mundo e vem sendo amplamente discutidas em várias esferas do campo político pedagógico. No ensino de Química para alunos surdos o professor encontra, além dos desafios convencionais apresentados em salas contendo apenas alunos ouvintes, desafios específicos que vão desde a falta de sinais relacionados a linguagem Química à necessidade da utilização de recursos visuais para a inclusão do aluno no processo de aprendizagem. Neste sentido este trabalho buscou, através de uma aula contextualizada e interativa, identificar as principais dificuldades relacionadas ao conteúdo de modelos atômicos por alunos surdos, bem como as causas que contribuem para tal. Para o desenvolvimento do trabalho, foi elaborado um plano de aula com dois professores especialistas em Educação Inclusiva, em seguida foi pedido previamente aos 19 alunos ouvintes e 02 alunos surdos que compunham uma turma de primeiro ano do Ensino Médio que levasse para a sala materiais como cola, massa de modelar, barbante, bolas de isopor e tesoura para que pudessem ser construídos os principais modelos atômicos em sala de aula. Dando continuidade à turma foi dividida em equipes, as quais ficaram responsáveis pela construção de um modelo atômico respectivamente e após sua construção foi feita uma socialização dos grupos (incluindo os alunos surdos com o auxílio de um intérprete) onde puderam sanar dúvidas e pontuar as principais características de cada modelo. Para finalizar a atividade, foi aplicado um questionário oral com quatro questões subjetivas aos dois alunos surdos, o qual foi interpretado e transcrito para fins desse trabalho. Após a finalização da atividade pode-se observar a participação efetiva de todos os alunos, principalmente os alunos surdos, bem como sua interação durante a construção dos modelos. O questionário revelou que as principais dificuldades relacionadas ao estudo da química na visão dos alunos estão na complexidade dos conceitos e presença de muitos cálculos, ficando evidente a necessidade de o professor desenvolver métodos capazes de atender e incluir esses alunos em sala de aula, tornando-os coadjuvantes no processo de construção e aplicação do conhecimento químico.

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MODELOS ATÔMICOS NO ENSINO REGULAR: UMA AULA VOLTADA PARA ALUNOS SURDOS

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.12222020912

  • Palavras-chave: Aluno surdo, ensino de química, modelos atômicos, metodologias de ensino.

  • Keywords: Deaf students, teaching of chemistry, atomic models, teaching methodologies

  • Abstract:

    Over the years, issues related to inclusive education have gained prominence, have gained supporters around the world and have been widely discussed in various spheres of the political pedagogical field. In the teaching of Chemistry for deaf students, the teacher finds, in addition to the conventional challenges presented in rooms containing only hearing students, specific challenges ranging from the lack of signs related to the chemical language to the need to use visual resources to include the student in the process of learning. In this sense, this work sought, through a contextual and interactive class, to identify the main difficulties related to the content of atomic models by deaf students, as well as the causes that contribute to this. For the development of the work, a lesson plan was drawn up with two teachers specializing in Inclusive Education, then it was previously asked the 19 hearing students and 02 deaf students that composed a first year high school class that took to the room materials such as glue, modeling mass, string, Styrofoam balls and scissors so that the main atomic models in the classroom could be constructed. Continuing the group was divided into teams, which were responsible for the construction of an atomic model respectively and after its construction was made a socialization of the groups (including the deaf students with the aid of an interpreter) where they could resolve doubts and punctuate the main characteristics of each model. To finalize the activity, an oral questionnaire with four subjective questions was applied to the two deaf students, which was interpreted and transcribed for purposes of this work. After completion of the activity, we can observe the effective participation of all students, especially deaf students, as well as their interaction during the construction of the models. The questionnaire revealed that the main difficulties related to the study of chemistry in the students' view are the complexity of the concepts and the presence of many calculations, evidencing the need for the teacher to develop methods capable of attending and including these students in the classroom, the coadjuvants in the process of construction and application of chemical knowledge.

  • Número de páginas: 8

  • Francisco de Assis Pereira Neto
  • Maciel Rocha Martírios
  • Antônio Marcelo Silva Lopes
  • Márcia Maria Teixeira
  • Poliana de Sousa Carvalho
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