MÉTODOS NÃO FARMACOLÓGICOS DE ALÍVIO DA DOR: VIVÊNCIAS DOS RESIDENTES DE ENFERMAGEM OBSTÉTRICA NO TRABALHO DE PARTO E PARTO EM UMA MATERNIDADE DE BELO HORIZONTE
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica os Métodos Não Farmacológicos de Alívio da Dor do parto (MNFAD) como "condutas que são claramente úteis e que deveriam ser encorajadas". São estratégias utilizadas no trabalho de parto para aumentar a tolerância à dor, possibilitando benefícios para a maioria das mulheres. Neste contexto, busca-se realizar uma pesquisa de campo com abordagem descritiva e qualitativa cujo objetivo principal é conhecer as vivências dos residentes de enfermagem obstétrica na utilização dos MNFAD no trabalho de parto e parto. Como instrumento de coleta de dados foi utilizada uma entrevista semiestruturada aplicada a 12 residentes do segundo ano do Programa de Residência de Enfermagem Obstétrica. Os resultados apontam que os benefícios da utilização destes métodos consistem no aumento da tolerância à dor, diminuição do nível de ansiedade, diminuição do tempo do trabalho de parto, maior controle sobre o processo parturitivo, não utilização de analgesia farmacológica, bem como outras intervenções invasivas dentre outros. Dentre os desafios destaca-se a resistência por parte da equipe multiprofissional e das parturientes, infraestrutura inadequada, falta de recursos materiais e disponibilidade de profissionais capacitados para utilização destas técnicas. Conclui-se que os profissionais de saúde precisam ser capacitados e responsabilizados a apropriar-se de um modelo de assistência que respeite a autonomia da mulher e a fisiologia do parto deixando de vez o padrão de assistência intervencionista onde o papel da mulher é passivo diante do seu parto.
MÉTODOS NÃO FARMACOLÓGICOS DE ALÍVIO DA DOR: VIVÊNCIAS DOS RESIDENTES DE ENFERMAGEM OBSTÉTRICA NO TRABALHO DE PARTO E PARTO EM UMA MATERNIDADE DE BELO HORIZONTE
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DOI: 10.22533/at.ed.27121240315
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Palavras-chave: Dor do parto, Trabalho de parto, Analgesia, Analgesia Obstétrica, Cuidados de Enfermagem, Enfermagem Obstétrica.
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Keywords: labor pain, labor Analgesia, Obstetric Analgesia, Nursing, Obstetric.
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Abstract:
The World Health Organization (WHO) classifies Non-Pharmacological Methods for Relieving Labor Pain (MNFAD) as "behaviors that are clearly useful and should be encouraged". These are strategies used in labor to increase tolerance to pain, enabling benefits for most women. In this context, we seek to conduct field research with a descriptive and qualitative approach whose main objective is to know the experiences of obstetric nursing residents in the use of MNFAD in labor and delivery. As a data collection instrument, a semi-structured interview applied to 12 residents of the second year of the Obstetric Nursing Residency Program was used. The results show that the benefits of using these methods consist of increased pain tolerance, decreased anxiety level, decreased labor time, greater control over the parturition process, no use of pharmacological analgesia, as well as other invasive interventions among others. Among the challenges, there is resistance from the multiprofessional team and parturients, inadequate infrastructure, lack of material resources and availability of trained professionals to use these techniques. It is concluded that health professionals need to be trained and responsible to take ownership of a care model that respects the autonomy of women and the physiology of childbirth, leaving the standard of interventional care where the role of women is passive in the face of your birth.
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Número de páginas: 15
- Renata Lacerda Prata Rocha
- Letícia Cristina Reis
- Regina Magalhães dos Santos
- Camila Adriella Martins do Nascimento
- Patrícia Andrade de Paula Santana
- Rebeca dos Santos Duarte Rosa