Metáfora Visual e o Semionauta Urbano
Esta dissertação analisa as similaridades entre pinturas do Impressionismo e fotografias de rua atuais, no sentido de avaliar as metáforas visuais articuladas por essa comparação, em sua capacidade de retratar, além da indumentária, os hábitos cotidianos e a paisagem urbana. Para Roland Barthes, assim como o texto e a imagem, a cidade é um discurso que fala a seus habitantes. A partir das reflexões do autor sobre uma semiologia urbana, a leitura das imagens tem respaldo no conceito barthesiano de mito, com destaque para a análise da significação produzida pela semelhança encontrada no conteúdo das pinturas e das fotografias. Discute-se também o conceito de altermodernidade, com destaque para o papel desempenhado pelo flâneur, segundo as conceituações de Baudelaire e as características do semionauta urbano, associado à expressão “radicante”, termo extraído da botânica e cunhado por Bourriaud, para explicar como surgiram, quais são suas condutas e influência no registro visual. Diante da variedade de campos do conhecimento envolvidos, a presente pesquisa caracteriza-se por três vias: abordagem qualitativa, procedimento bibliográfico e método comparativo. Como resultado, pode-se afirmar que o entendimento das linguagens de imagem produz, na comparação, uma em relação à outra, a condição de ambas retratarem e fazerem compreender, com maior riqueza de elementos – além do estilo com o qual as pessoas caminham pela rua –, o dia-a-dia de uma cidade.
Metáfora Visual e o Semionauta Urbano
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DOI: 10.22533/at.ed.915211203
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Palavras-chave: Impressionismo; Paisagem urbana; Metáfora visual; Linguagens de imagem.
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Keywords: Impressionism; Urban landscape; Visual metaphor; Image languages.
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Abstract:
This dissertation analyzes the similarities between Impressionism paintings and contemporary street photographs, in order to evaluate the visual metaphors articulated by this comparison, in their ability to portray, in addition to the clothing, everyday habits and the urban landscape. For Roland Barthes, as well as text and image, the city is a speech that speaks to its inhabitants. Based on the author's reflections on an urban semiology, the reading of the images is supported by the Barthesian concept of myth, with emphasis on the analysis of the meaning produced by the similarity found in the content of paintings and photographs. The concept of altermodernity is also discussed, with emphasis on the role played by the flâneur, according to Baudelaire's conceptualizations and the characteristics of the urban semionaut, associated with the expression "radicant", a term extracted from botany and coined by Bourriaud in order to explain how they raised, what their behaviors and influence are in the visual record. Given the variety of fields of knowledge involved, the present research is characterized by three ways: qualitative approach, bibliographic procedure and comparative method. As a result, it is possible to state that the understanding of image languages produces, in comparison, one with respect to the other, the condition of both portraying and making understand, with greater wealth of elements - beyond clothing people wear on the streets - the daily life of the city.
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Número de páginas: 107
- Vanessa Germanovix Vedovatte