Messianismo e cangaço desvendados em verso e prosa
O artigo se dedicará à análise
do messianismo e do cangaço por meio
de bibliografia heterogênea proveniente da
sociologia e da literatura. Embora sejam
fenômenos específicos, tanto o cangaço
como o messianismo estão pautados na
crença escatológica de que é possível um
mundo sanado de injustiças. Por isso, a
decisão de agrupá-los para que sejam tecidas
conjeturas a respeito da orientação reformista
ou revolucionária destas manifestações. A
referência à literatura é imprescindível porque
as ciências sociais de um modo geral, ao
afirmarem o uso denotativo da linguagem,
descrevem e narram a realidade de forma
factual e linear, negando validade ao fenômeno
essencialmente camponês, que dá ênfase ao
sentido conotativo e à parábola. Normalmente,
priorizam as vertentes interpretativas de corte
mais ocidental que não captam o estranhamento
e o questionamento campesino em relação à
representação de mundo burguesa. Daí adotar
a ideia de que institucionalidade capitalista
é inexorável, mesmo que como uma etapa
primeira e necessária de um sonho socialista
a se realizar futuramente. Torna-se ainda
necessário traduzir a crença escatológica
campesina em termos sociológicos novos para
que se desfaça a certeza de que messianismo
e cangaço obedecem a um ímpeto reformista.
Messianismo e cangaço desvendados em verso e prosa
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DOI: 10.22533/at.ed.5061916019
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Palavras-chave: Sociologia, literatura brasileira, messianismo, cangaço, pensamento social brasileiro.
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Keywords: Atena
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Abstract:
ATENA
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Número de páginas: 15
- Dora Vianna Vasconcellos