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capa do ebook Memória, História e Ancestralidade no romance Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves

Memória, História e Ancestralidade no romance Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves

Este artigo tem por objetivo analisar

como as categorias da memória, história e da

ancestralidade negro-africana são agenciadas

na obra Um defeito de cor, de Ana Maria

Gonçalves (2014). No enfrentamento das

narrativas oficiais contidas na historiografia

brasileira, as vivências de uma ex-escravizadaa

de nome Kehinde produzem fortes tensões

sobre os sistemas de representação que

sempre buscaram homogeneizar e uniformizar

os cenários nacionais, além de produzir

apagamentos e silenciamentos nas vozes

que ecoariam no pano de fundo do projeto

de construção de uma nação. Na obra, a

memória e a história que surgem entrelaçadas

à perspectiva da ancestralidade negroafricana

durante o percurso da personagemprotagonista,

apresentam novos elementos

que desestabilizam o discurso nacional

hegemônico que sempre se posicionou como

um todo coerente e coeso. O retorno às raízes

africanas possibilitam a produção de memórias

que foram silenciadas durante o curso histórico

e que ganham outras versões a partir das

fraturas produzidas pelo discurso diaspórico

de Kehinde, de modo a romper com o silêncio

secular de suas vivências. Dessa forma, para

fins de construção dos nossos argumentos,

utilizaremos como referenciais teóricos:

Benjamin (1987), Pollak (1989), Bhabha (1998),

Hall (2002), Oliveira (2007), entre outros.

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Memória, História e Ancestralidade no romance Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves

  • DOI: 10.22533/at.ed.18820280218

  • Palavras-chave: Literatura negra. Memória. História.Ancestralidade.

  • Keywords: Black literature. Memory. Story. Ancestry.

  • Abstract:

    This article aims to analyze how the categories of black African memory,

    history and ancestry are broached in Ana Maria Gonçalves’s, Um defeito de cor (2014).In

    confronting the official narratives contained in Brazilian historiography, the experiences

    of an ex-slave girl named Kehinde produce strong tensions over representation systems

    that have always sought to homogenize and standardize national scenarios, as well as

    to erase and silence the voices that would echo in the cloth. of nation building project.

    In the work, the memory and history that emerge intertwined with the perspective of

    black African ancestry during the protagonist character’s path, present new elements

    that destabilize the hegemonic national discourse that has always positioned itself

    as a coherent and cohesive whole. The return to African roots makes possible the

    production of memories that were silenced during the historical course and that gain

    other versions from the fractures produced by Kehinde’s diasporic discourse, in order to

    break with the secular silence of their experiences. Thus, for the purpose of constructing

    our arguments, we will use as theoretical references: Benjamin (1987), Pollak (1989),

    Bhabha (1998), Hall (2002), Oliveira (2007), among others.

  • Número de páginas: 17

  • Cristian Souza de Sales
  • RAMON ROCHA RIBEIRO
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