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capa do ebook MEGACÓLON TÓXICO POR RETOCOLITE ULCERATIVA: UM RELATO DE CASO COM MAU PROGNÓSTICO

MEGACÓLON TÓXICO POR RETOCOLITE ULCERATIVA: UM RELATO DE CASO COM MAU PROGNÓSTICO

Paciente de 39 anos, sexo feminino, com diarréia persistente, dor abdominal há 1 ano e histórico familiar de câncer de intestino. Diagnosticada com Retocolite Ulcerativa (RCU), tratada por 4 meses com Mesalazina e Prednisona, evoluiu com fezes diarreicas piossanguinolentas, febre diária, desidratação e perda de 17kg em 17 dias. Usou Ciprofloxacino, progrediu com piora do estado geral, anorexia, náuseas, vômitos, taquicardia, distensão abdominal, constipação e leucocitose com desvio à esquerda. À Tomografia Computadorizada viu-se Megacólon Tóxico (MT), efetuou-se internação em UTI e laparotomia na qual bolo de áscaris em íleo terminal foi ordenhado para intestino grosso. Realizou-se colostomia em alça na flexura hepática perfurada e, devido à peritonite purulenta, lavagem e drenagem da cavidade abdominal com evolução para choque séptico e necrose de colostomia. Nova laparotomia mostrou líquido em recesso vesicouterino e necrose de transverso; optou-se por hemicolectomia do segmento necrosado, colostomia terminal do ascendente e fístula mucosa do descendente. Progrediu com abscesso de parede abdominal, mas obteve melhora gradual do quadro após antibioticoterapia pós cultura de secreção e alta hospitalar, com prescrição de Infliximabe e Azatioprina. Foi readmitida após 24 dias para proctocolectomia total com bolsa ileal em J e ileostomia em alça de proteção por refratariedade no tratamento clínico, apresentando escore de Mayo 3. Cerca de 15-20% dos pacientes com RCU serão internados por complicações como o MT, distensão cólica de pelo menos 6 cm em radiografia simples associada a colite aguda e sinais de toxicidade sistémica, diagnosticado com os critérios propostos por Jalan et. al. O MT deve ser reconhecido e tratado precocemente de forma clínica intensiva, e a ausência de resposta em até 72 horas indica colectomia total com fechamento do coto retal e ileostomia terminal. O diagnóstico tardio do MT com falha em sua abordagem terapêutica pode culminar em mau prognóstico com evolução potencialmente letal.

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MEGACÓLON TÓXICO POR RETOCOLITE ULCERATIVA: UM RELATO DE CASO COM MAU PROGNÓSTICO

  • DOI: 10.22533/at.ed.67920121112

  • Palavras-chave: megacólon tóxico; colite ulcerativa; colectomia

  • Keywords: toxic megacolon; ulcerative colitis; colectomy

  • Abstract:

    39 years old, feminin patient, with persistent diarrhea, abdominal pain during the past year and positive family history for intestinal cancer. Diagnosed  with Ulcerative Rectocolitis (URC) and treated during for months with mesalazine and prednisone, came up with diarrhea containing pus and blood, daily fever, dehydration and 17 kg loss in 17 days. Used ciprofloxacin and progrided with worse general condition, anorexia, nausea, vomit, tachycardia, abdominal distention, constipation and left shift leukocytosis. Computed Tomography showed Toxic Megacolon (TM), so the patient was admitted at ICU and at Laparotomy ascaris have been moved to colon. It have been realized a loop colostomy at hepatic flexure and, due to purulent peritonitis, abdominal cavity was washed and drained evolving to septic shock and colostomy necrosis. New laparotomy showed free fluid in vesicouterine recess and transverse colon necrosis; it was made a hemicolectomy of that a segment, terminal colostomy of the ascending colon and mucous fístula of the descending colon. She progressed with an abdominal wall abscess, but had a gradual improvement of the condition after antibiotic therapy post culture of the fluid and hospital discharge, with a Infliximab and Azathioprine prescription. Readmited 24 days after to realize a total proctocolectomy with an ileal J pouch and loop ileostomy due to refractoriness in clinical treatment, presenting Mayo Score 3. About 15-20% of the patients with URC are hospitalized because of complications as the TM, which is a colic distention of at least 6 cm seen in a simple radiography, plus acute colitis and systemic toxicity signs, diagnosed by Jalan et al. criteria. Toxic megacolon must be recognized and receive clinical intensive treatment as soon as possible, and absence of clinical improvement in 72h indicates total coleciona with rectal closure and terminal ileostomy. Late diagnosis and therapeutic failure may culminate in bad prognosis with potentially fatal evolution.

  • Número de páginas: 12

  • Yanne Gonçalves Fernandes da Costa
  • Gabriela Mendes Toledo
  • Lucas Correia Lins
  • Júlia Tenório Costa Vieira
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