Medicamentos fitoterápicos comercializados nas farmácias de Araguaína, TO: uma análise das bulas quanto às resoluções 47/2009 E 26/2014 da ANVISA
Objetivou-se realizar um levantamento dos fitoterápicos comercializados nas farmácias em Araguaína, Tocantins e avaliar as bulas dos produtos quanto à bibliografia científica e se estão de acordo com as resoluções 47/2009 e 26/2014 da ANVISA. Os resultados evidenciaram 46 medicamentos fitoterápicos comercializados em 14 farmácias, sendo 84,7% classificados como simples e 17,3% associações fitoterápicas. Em 97,82% da amostragem não apresentou os nomes populares dos vegetais, entretanto em todas as embalagens foram citados os nomes científicos. As bulas estavam presentes em 93,48% dos fitoterápicos. Quanto a procedência, verificamos que em 89,13% das amostras não mencionavam sua origem; em 8,69% eram nativas e 2,17% corresponde a espécies exóticas. Verificou-se que 82,60% dos medicamentos não fornecem informações sobre formas de cultivo. As análises das bulas dos fitoterápicos evidenciaram que a maioria (21,74%) está associada ao tratamento de insônia acompanhada de ansiedade, seguida de distúrbios intestinais e digestórios (13,04% cada) e doenças respiratórias (10,87%). Foi verificado que 69,76% dos medicamentos possuem todas as frases obrigatórias e alertas quanto a automedicação; 95,34% das bulas apresentou os dizeres legais quanto aos números de registro e de protocolo no Ministério da Saúde, farmacêutico responsável e inscrição profissional e nome da empresa; o endereço do fabricante está presente em 90,69% e o cadastro geral do contribuinte foi mencionado em 88,37% das bulas. Verificou-se que 86,96% dos medicamentos apresentaram algum tipo de restrição, dentre as advertências 60% corresponde a grávidas, lactantes e crianças menores de dois anos, 30% às alergias aos componentes da fórmula, 5% às doenças crônicas como diabetes e hipertensão, 5% relataram não poderem ser administradas às menores de seis anos. As formas de preparo mais ocorrentes foram xaropes (28,21%) a forma de armazenamento foi preferencialmente em caixas (91,03%). Concluímos que os fitoterápicos analisados estão parcialmente de acordo com as resoluções 47/2009 e 26/2014 da ANVISA.
Medicamentos fitoterápicos comercializados nas farmácias de Araguaína, TO: uma análise das bulas quanto às resoluções 47/2009 E 26/2014 da ANVISA
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DOI: 10.22533/at.ed.50922180310
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Palavras-chave: Espécies medicinais. Frases obrigatórias, Medicamentos fitoterápicos, Normas legais brasileiras
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Keywords: Mandatory phrases. Herbal medicine. Medicinal plants. Brazilian drug regulation.
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Abstract:
The objective was to carry out a survey of herbal medicines sold in pharmacies in Araguaína, Tocantins and to evaluate the product inserts regarding the scientific literature and whether they are in accordance with ANVISA resolutions 47/2009 and 26/2014. The results showed 46 herbal medicines sold in 14 pharmacies, with 84.7% classified as simple and 17.3% herbal associations. In 97.82% of the sample did not present the popular names of the vegetables, however in all packages the scientific names were mentioned. The package inserts were present in 93.48% of the herbal medicines. As for origin, we found that 89.13% of the samples did not mention their origin; in 8.69% they were native and 2.17% corresponded to exotic species. It was found that 82.60% of the drugs do not provide information on cultivation methods. The analysis of herbal medicine leaflets showed that the majority (21.74%) is associated with the treatment of insomnia accompanied by anxiety, followed by intestinal and digestive disorders (13.04% each) and respiratory diseases (10.87%). It was found that 69.76% of the medications have all mandatory phrases and warnings about self-medication; 95.34% of the package inserts had legal statements regarding registration and protocol numbers at the Ministry of Health, responsible pharmacist and professional registration and company name; the manufacturer's address is present in 90.69% and the taxpayer's general registry was mentioned in 88.37% of the package inserts. It was found that 86.96% of the medicines had some type of restriction, among the warnings, 60% correspond to pregnant women, lactating women and children under two years of age, 30% to allergies to the components of the formula, 5% to chronic diseases such as diabetes and hypertension, 5% reported that they could not be administered to children under six years of age. The most common forms of preparation were syrups (28.21%) and the form of storage was preferentially in boxes (91.03%). We conclude that the analyzed herbal medicines are partially in accordance with ANVISA resolutions 47/2009 and 26/2014.
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Número de páginas: 15
- Jhonatham Dias Amorim
- Claudia Scareli dos Santos