Este capítulo tem por objetivo analisar

uma prática de mediação artística e cultural da

exposição “Quando a pele incendeia a memória

– Nasce um fotógrafo no sertão do século XIX”.

Esta exposição fez um recorte da obra do artista

caicoense José Ezelino da Costa (1889 – 1952),

enfatizando seu acervo de retratos familiares.

A prática analisada considera uma turma de 8º

ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual

Monsenhor Walfredo Gurgel, situada no bairro

Paraíba, de Caicó-RN. A fundamentação teórica

recai sobre autores do campo da Arte e da

Educação, seguindo um traçado metodológico

aberto. Ressalta-se o nome de Paulo Freire

(2014; 2009), que traz, em suas concepções, a

noção de uma educação libertária. Esta prima

pelo empoderamento e pela autonomia dos

sujeitos ao serem transpassados pela ética e

pela boniteza de ser gente. Ana Mae Barbosa

(2007), Mila Milene Chiovatto (2011) e Miriam

Celeste Martins (2012; 2009) contribuem para

alicerçar as práticas pedagógicas e fortalecer as

bases teóricas do texto. Utilizamos os estudos

de Ângela Almeida (2017) e Eugênia Maria

Dantas (2003), no que tange à vida e à obra do

fotógrafo José Ezelino da Costa. Concederase, portanto, que o profissional mediador é

fundamental nas exposições de arte, pois é ele

quem transita no “entre”: entre observador e

observado.