MECANISMOS DE DOR NA OSTEOARTRITE DE JOELHO
A OA é a condição musculoesquelética progressiva mais comum de acometimento entre todas as articulações, sendo a OA de joelho caracterizada por alterações estruturais predominantemente na cartilagem articular e no osso subcondral, classificada como uma doença articular completa. Estima-se que 250 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de OA, a mesma tem etiologia multifatorial e pode ser considerada o produto final de um conjunto de fatores sistêmicos e locais. Como principais causas, identifica-se a idade avançada, sexo feminino, obesidade, lesões anteriores no joelho, uso repetitivo da articulação, densidade óssea e fraqueza muscular. Os sintomas da OA de joelho podem variar dependendo da causa do problema, a queixa mais comum é a dor ao redor da articulação do joelho. A OA manifesta-se por modificações bioquímicas, morfológicas, moleculares e biomecânicas das células e da matriz extracelular que ocasionam o amolecimento, fibrilação, ulceração e perda da cartilagem articular, esclerose do osso subcondral, formação de osteófitos e cistos subcondrais. A OA é uma das causas mais frequentes de dor crônica, sendo o problema clínico mais comum da doença. Atualmente, essa patologia não tem uma intervenção unânime no meio científico para o seu tratamento, portanto, a terapia da dor é uma necessidade médica importante para desenvolver um melhor entendimento quanto ao seu manejo. Os estímulos nociceptivos aferentes são causados por mediadores inflamatórios clássicos, especialmente as citocinas (interleucinas e TNF), fator de crescimento do nervo (NGF) e fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF). Os mecanismos de dor relacionados a OA de joelho mostram-se complexos, percebe-se que os processos bioquímicos e neurofisiológicos estão diretamente interligados, gerando, como produto final, o quadro álgico no indivíduo acometido pela patologia. Portanto, compreender como ocorrem esses mecanismos, é de suma importância para a busca de um tratamento adequado e eficaz para a OA de joelho através de novos alvos.
MECANISMOS DE DOR NA OSTEOARTRITE DE JOELHO
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DOI: 10.22533/at.ed.67222220812
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Palavras-chave: Osteoartrite, dor, joelho e neurofisiologia
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Keywords: Osteoarthritis, pain, knee and neurophysiology
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Abstract:
OA is the most common progressive musculoskeletal condition of involvement among all joints, and knee OA is characterized by structural changes predominantly in articular cartilage and subchondral bone, classified as a complete joint disease. It is estimated that 250 million people worldwide suffer from OA, it has multifactorial etiology and can be considered the final product of a set of systemic and local factors. The main causes are advanced age, female gender, obesity, previous knee injuries, repetitive joint use, bone density and muscle weakness. Symptoms of knee OA may vary depending on the cause of the problem, the most common complaint is pain around the knee joint. OA is manifested by biochemical, morphological, molecular and biomechanical changes of cells and extracellular matrix that cause softening, fibrillation, ulceration and loss of articular cartilage, sclerosis of the subchdral bone, formation of osteophytes and subchondral cysts. OA is one of the most frequent causes of chronic pain, being the most common clinical problem of the disease. Currently, this pathology does not have a unanimous intervention in the scientific environment for its treatment, therefore, pain therapy is an important medical need to develop a better understanding of its management. Aheferent nociceptive stimuli are caused by classical inflammatory mediators, especially cytokines (interleukins and TNF), nerve growth factor (NGF) and brain-derived neurotrophic factor (BDNF). The pain mechanisms related to knee OA are complex, it is perceived that biochemical and neurophysiological processes are directly interconnected, generating, as a final product, the pain picture in the individual affected by the pathology. Therefore, understanding how these mechanisms occur is of paramount importance for the search for adequate and effective treatment for knee OA through new targets.
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Número de páginas: 13
- Charise Dallazem Bertol
- Marcos Roberto Spassim
- Ana Paula Tietze
- Leonardo Cardoso
- Karini da Rosa
- Tatiana Staudt
- Gabriel Felimberti