“Mas, povos indígenas e comunidades tradicionais?”: estudos e pesquisas desenvolvidas pelo GEPTE/UFMT
Julgamos que a existência humana é garantida pelo trabalho e na atual sociedade capitalista, ele assumiu uma configuração brutal e excludente, trazendo consigo diversas problemáticas, entre elas, a extrema exploração das pessoas e a falta de solidariedade. Porém, ao observar os povos indígenas e comunidades tradicionais e suas formas de produção da vida material e imaterial que contrapõem a lógica atual, identificamos que o modelo capitalista e hegemônico não consegue controlar todas essas formas existentes. Por isso, o presente capítulo tem como objetivo apresentar e discutir a temática “povos indígenas e comunidades tradicionais”, a partir do materialismo histórico dialético. Nos últimos anos, o Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho e Educação (GEPTE) do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) tem se debruçado sobre essa temática e se colocado em contraposição ao ideário transmitido sobre os povos indígenas e comunidades tradicionais tidas como sociedades arcaicas, atrasadas, improdutivas, insignificantes e que impedem o “progresso”. No decorrer da construção do texto, concluímos que existe nos povos indígenas e comunidades tradicionais uma potencialidade de transformação social, haja vista a existência de indícios concretos – lógica de funcionamento, produção e organização social – que se contrapõem a atual sociedade capitalista.
“Mas, povos indígenas e comunidades tradicionais?”: estudos e pesquisas desenvolvidas pelo GEPTE/UFMT
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DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.33021090720
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Palavras-chave: Povos indígenas. Comunidades tradicionais. GEPTE.
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Keywords: Indian people. Traditional communities. GEPTE.
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Abstract:
We believe that human existence is guaranteed by work and in the current capitalist society, it has assumed a brutal and exclusionary configuration, bringing with it several problematic, among them, the extreme exploitation of people and the lack of solidarity. However, when looking at indigenous peoples and traditional communities and their ways of producing material and immaterial life that oppose the current logic, we have identified that the capitalist and hegemonic model cannot control all these existing forms. For this reason, this chapter aims to present and discuss the theme “indigenous peoples and traditional communities”, based on historical dialectical materialism. In recent years, the Group of Studies and Research on Work and Education (GEPTE) of the Postgraduate Program in Education (PPGE) of the Federal University of Mato Grosso (UFMT) has been focusing on this theme and putting itself in opposition to the ideal transmitted about indigenous peoples and traditional communities considered as archaic, backward, unproductive, insignificant societies that hinder “progress”. During the construction of the text, we conclude that there is a potential for social transformation in indigenous peoples and traditional communities, given the existence of concrete evidence - logic of functioning, production and social organization - that are opposed to the current capitalist society.
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Número de páginas: 13
- Eva Emília Freire do Nascimento Azevedo
- Edson Caetano
- Anatália Daiane de Oliveira Ramos