Mapas do encontro entre o próprio e o alheio – cartografias da alteridade na narrativa de Adriana Lisboa e Ana Miranda
O projeto averiguou o percurso da
figuração do estrangeiro nos romances Hanói,
de Adriana Lisboa, e Amrik, de Ana Miranda. O
suporte teórico-metodológico fundamentou-se
na Literatura Comparada e nos Estudos PósColoniais. Destarte, foi possível reconhecer
que as duas narrativas testemunham, cada
uma a seu modo, a trajetória de estrangeiros
cuja vida errante, nômade e diaspórica projeta
o deslocamento pelas culturas libanesa,
americana, vietnamita e mexicana, montando
um mapa do encontro entre o próprio e o alheio
na literatura brasileira contemporânea. Através
da análise literária dos romances, fica evidente
o desafio de ampliar o estudo da figuração do
estrangeiro, tendo em conta observar que a
presença de outro não é um mero exercício
de retórica, mas sim convite à cartografia da
alteridade. Por conseguinte, o estrangeiro
figurado, em Amrik e Hanói, é oriundo da
solidariedade entre regiões culturais que
partilham dos trânsitos linguísticos, identitários
e estéticos.
Mapas do encontro entre o próprio e o alheio – cartografias da alteridade na narrativa de Adriana Lisboa e Ana Miranda
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DOI: 10.22533/at.ed.77419050639
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Palavras-chave: Atena
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Keywords: Atena
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Abstract:
The project investigated the route
of the foreigner’s figure in the novels Hanoi, by
Adriana Lisboa, and Amrik, by Ana Miranda.
The theoretical-methodological support
was based on Comparative Literature and
Postcolonial Studies. Thus, it was possible to
recognize that the two narratives testify, each in
its own way, the trajectory of foreigners whose
nomadic, nomadic and diasporic life projects
the displacement by the Lebanese, American,
Vietnamese and Mexican cultures, setting up
a map of the encounter between itself and the
foreigner in contemporary Brazilian literature.
Through the literary analysis of the novels, the
challenge of expanding the study of the figure of
the foreigner is evident, making it evidente that
the presence of the other is not a mere exercise
of rhetoric, but rather an invitation to cartography
of otherness. Therefore, the figured foreigner in
Amrik and Hanoi comes from solidarity between
cultural regions that share linguistic, identity and
aesthetic transits.
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Número de páginas: 15
- Aina de Oliveira Rocha