MANUEL BANDEIRA E OS PRENÚNCIOS DA MORTE
O presente trabalho sugere o estudo bandeiriano que se inicia na tentativa de definir a morte e seu prenúncio. A partir das teorias de Lejeune, passa-se à análise da memória, a fim de mostrar a possibilidade bandeiriana de recuperação e de recriação do passado. Percebe-se, assim, que os temas da memória e da morte estão diretamente ligados ao tema da utopia, pois, em “Pasárgada”, a recuperação daquilo que foi outrora perpassa uma terra prometida a todos, mítica, psicológica, verdadeira. Para aprofundar o estudo no tema da memória, foi escolhido o poema A Dama Branca, autobiografia literária em que Bandeira demonstra o seu aprendizado e o seu fazer poético. Procura-se mostrar que a poesia de Bandeira é um processo de releitura e recriação permanente que vai do eu ao outro, para retornar, repleta de significado para o eu. A poesia mostra-se como um processo de costura de um eu, que nasce a partir de si e que passa necessariamente pelo outro.
MANUEL BANDEIRA E OS PRENÚNCIOS DA MORTE
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DOI: 10.22533/at.ed.8702026107
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Palavras-chave: morte, memória, recriação, Dama Branca.
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Keywords: death, memory, recreation, White Lady.
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Abstract:
The present work suggests a study of Bandeira's starting with an attempt to define his death and his harbinger. Parting from the theories of Lejeune, it goes into the memory analyses, in order to show the "bandeira-esque" possibility of recuperation and recreation of the past. This way, it is possible to notice the themes of memory and death were directly linked to the theme of utopia, for, in "Pasárgada", the recuperation of what once gives the idea of a promised land to all, mystical, psychological, true. To deepen the study of the Memory theme, it was chosen the poem A Dama Branca, an literary autobiography in which Bandeira shows his learnings and his poetical doing. It intends to show that Bandeira's poetry is a permanent process of rereading and recreation which goes from the self to the other, and returns, full of meaning to the self. The poetry shows itself as the process of sewing the self, which borns from within it and passes necessarily through the other.
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Número de páginas: 13
- Vítor Hugo da Silva