O uso de microrganismos em sistemas de produção agrícola tem demonstrado potencial para aumentar a produtividade e otimizar economicamente os custos de cultivo em diversas culturas. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes manejos de solo, associados à aplicação de microrganismos promotores de crescimento de plantas (MPCP), sobre a produtividade de soja, feijão, arroz, trigo, sorgo e milho. O experimento foi conduzido na área experimental da UNESP – Ilha Solteira, localizada no município de Selvíria (MS), em delineamento em blocos casualizados, com sete repetições. Os tratamentos consistiram em três tipos de manejo: manejo convencional, com tratamento e inoculação de sementes, adubação mineral e controle químico de pragas, doenças e plantas daninhas de acordo com as exigências de cada cultura; manejo semi-orgânico 1, com aplicação de metade da adubação mineral recomendada, remineralizador de solo (Brutal Rocks®), composto orgânico, MPCP (Brutal Plus®) e nutrientes (Brutal Cálcio® e Ultrasal®); manejo semi-orgânico 2, semelhante ao anterior, porém sem a utilização de adubação mineral. Nos manejos semi-orgânicos, não houve controle químico de pragas e doenças, sendo utilizados apenas herbicidas para o manejo de plantas daninhas. As avaliações realizadas foram a produtividade de grãos de cada cultura e análise econômica de cada manejo. Os dados de produtividade foram submetidos ao teste de Tukey a 5% de probabilidade, utilizando o software SISVAR®. Os resultados indicaram que, nos sistemas de manejo semi-orgânico, as plantas apresentaram sanidade e desempenho agronômico semelhantes ao manejo convencional quanto à produtividade de grãos. Além disso, observou-se redução nos custos com fertilizantes minerais. Esses dados evidenciam o potencial do uso de microrganismos associados à suplementação nutricional como estratégia viável para a promoção de sistemas de cultivo mais sustentáveis, economicamente eficientes e com elevada produtividade.