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Manejo da Leishmaniose Tegumentar Americana em UBSF Ribeirinha da Zona Rural de Itacoatiara–AM: desafios assistenciais e estratégias práticas no contexto amazônico

A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) permanece como um importante problema de saúde pública na Amazônia, com incidência elevada em populações ribeirinhas e rurais. Este relato descreve a experiência de três anos no manejo clínico e organizacional da LTA em uma Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF) localizada na zona rural de Itacoatiara–AM, responsável por atendimento regular de comunidades ribeirinhas dispersas. São apresentados desafios relacionados ao diagnóstico, logística terapêutica, adesão ao tratamento e acompanhamento, especialmente durante o período de cheia dos rios, quando há intenso deslocamento populacional. Observou-se média de cinco casos anuais, com perfil ocupacional associado a atividades extrativistas. O principal obstáculo identificado foi a dificuldade de continuidade do cuidado devido à migração sazonal das famílias, resultando em abandono terapêutico. A experiência discutida reforça a necessidade de estratégias adaptadas ao contexto amazônico, incluindo busca ativa, comunicação intercomunitária e fortalecimento da rede de vigilância local.
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Manejo da Leishmaniose Tegumentar Americana em UBSF Ribeirinha da Zona Rural de Itacoatiara–AM: desafios assistenciais e estratégias práticas no contexto amazônico

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.342142520113

  • Palavras-chave: Leishmaniose tegumentar americana; Atenção Primária; Populações ribeirinhas; Amazônia; Saúde rural

  • Keywords: American Tegumentary Leishmaniasis; Primary Health Care; Amazon; Riverside populations; Rural health

  • Abstract: American Tegumentary Leishmaniasis (ATL) remains a significant public health issue in the Amazon region. This report describes three years of clinical and organizational experience in managing ATL within a riverside Primary Health Care Unit (UBSF) serving remote communities in rural Itacoatiara, Amazonas. Key challenges included diagnostic limitations, treatment logistics, patient adherence, and follow-up barriers—particularly during seasonal flooding (“cheia”), when families migrate to higher-ground areas, frequently leading to treatment interruption. An average of five cases per year was observed, mostly among agricultural and extractive workers. The main obstacle identified was the difficulty in maintaining continuity of care due to seasonal population mobility and geographic isolation. This experience highlights the need for context-adapted approaches, active case-search, improved intercommunity communication, and strengthened local surveillance efforts.

  • Hermeson Saraiva da Fonseca
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