Manejo da Angina Refratária: Abordagens Contemporâneas
A angina refratária (AR) é uma condição clínica caracterizada pela persistência de
sintomas anginosos incapacitantes, mesmo após a implementação de terapias
farmacológicas, percutâneas e cirúrgicas otimizadas. Sua prevalência tem aumentado
devido ao envelhecimento da população e ao prolongamento da sobrevida dos pacientes
com doença arterial coronariana (DAC) avançada. A AR pode ser classificada em quatro
fenótipos, que consideram características anatômicas, funcionais e patológicas
específicas da DAC, permitindo uma abordagem terapêutica individualizada.
A DAC de forma mais específica acomete em sua forma obstrutiva, a mesma
quando a carga cardíaca é aumentada faz com que haja uma descompensação. Em
situações homeostáticas há uma vasoconstrição que induzirá uma perfusão e um fluxo
sanguíneo aos vasos subendocárdicos, que contrasta com o efeito do aumento da
pressão diastólica. No caso da DAC essas cascata de efeito compensatório ocorre de
forma inconsistente, no qual o fluxo sanguíneo não será direcionado aos vasos
subendocárdicos mas sim aos vasos subepicárdicos, o que atrapalha a contratilidade,
levando a um quadro isquêmico.
A fisiopatologia da AR é marcada pela isquemia miocárdica crônica, decorrente
da incapacidade de suprir a demanda de oxigênio do miocárdio, o que resulta em
disfunção celular. A etiologia é multifatorial, com destaque para a disfunção
microvascular coronariana, que, isolada ou associada à obstrução epicárdica, contribui
para a persistência da isquemia. Apesar do avanço nas estratégias terapêuticas,
incluindo farmacoterapia intensiva e intervenções percutâneas, muitas abordagens
permanecem em fase experimental e não são amplamente incorporadas à prática
clínica.
Diante das limitações terapêuticas convencionais, diversas estratégias não
farmacológicas vem sendo investigadas como resultados promissores. A contrapulsação
externa aprimorada (EECP) e a terapia por ondas de choque extracorpóreas (ESMR)
demonstram potencial em melhorar a perfusão e reduzir sintomas, enquanto o redutor
do seio coronário (CSR) atua na redistribuição do fluxo para o subendocárdico
isquêmico. Além disso, técnicas de neuromodulação e terapia celular, especialmente
4 | Página
com células tronco CD34+, têm mostrado resultados animadores em subgrupos
específicos de pacientes.
Mesmo diante de diversas tecnologias e métodos de revascularização para
doença arterial coronária, as patologias cardiovasculares têm sido muito recorrentes nos
dias atuais, e percebe-se que está diretamente relacionada com os maus hábitos
cotidianos. A angina refratária descrita como sinais e sintomas que permanecem por um
longo período sendo ele superior a 3 meses, não sendo possível controlar através de
fármacos pré estabelecido, a AR é causada por uma isquemia nos pacientes com
doença arterial coronariana (DAC). Se houver um reconhecimento precoce e tratado
adequadamente os pacientes poderão ter uma perspectiva melhor de vida.
Dentre os diversos meios de tratamento diante de um estudo realizado, foi
demonstrado que o CSRS (colocação do dispositivo no seio coronário), ameniza os
sintomas, pois se trata de um dispositivo onde há uma interrupção do fluxo local e a
reação vascular levam a uma resposta hiperplásica na parede do vaso, com oclusão das
fenestrações na malha metálica. O orifício central do dispositivo permanece patente e se
torno o único caminho para o fluxo sanguíneo através do seio coronário, criando, em
última análise, uma gradiente de pressão.
Manejo da Angina Refratária: Abordagens Contemporâneas
-
DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.064132525042
-
Palavras-chave: -
-
Keywords: -
-
Abstract: -
- RYAN RAFAEL BARROS DE MACEDO
- JESSÉ AMORIM SOUSA
- JERRY EDUARDO DE ALMEIDA DE BAIROS
- JOÃO PEDRO DANTAS ALKIMIM
- ALINE CRISTINE PATRONILIO
- BRUNO CÉSAR PEREIRA PELLEGRINO
- AMANDA FERREIRA
- SANDRA BARROS TEIXEIRA
- SERGIALYSON BRASIL FARIAS
- MATHEUS FERNANDES RIBEIRO COSTA
- FERNANDO JUNIOR KENER MENZEL
- MATHEUS SANTOS MACHADO
- MARCOS DANILO ROJAS MEDINA
- PAULO ANDRÉ RODRIGUES DE SOUSA
- ROBERTA DOMINGUES BECKMANN
- NATALIA DE OLIVEIRA PEREIRA CABRAL