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LUTA CAMELÔ: CONTRADIÇÕES E CONFLITOS

Analisando a cidade de Feira de Santana-BA a partir de aspectos como economia, política e sobretudo a ação do Estado (destaque para a esfera municipal) tomamos o comércio de rua como ponto de partida para o estudo e os rebatimentos da constituição da cidade. As sucessivas crises do capital e as reorganizações do mundo do trabalho fortalecem e enfraquecem essa ocupação de acordo as conveniências de cada período. O objetivo desse estudo é articular as transformações espaciais que impactaram nas relações de trabalho dos camelôs através dos aspectos contraditórios dessa atividade considerando a relação tempo-espaço. Justifica-se seu estudo pela relevância para a formação do município num primeiro momento, sua contribuição para a consolidação enquanto cidade e centro regional e capacidade de absorver força de trabalho nos períodos em que o capitalismo apresentou crises e reestruturações. O recorte temporal tratará do período compreendido entre 1970-2020, pois ocorreram relevantes situações que envolvem o comércio de rua. Os procedimentos metodológicos incluem a análise bibliográfica, pesquisa documental, registros fotográficos, participação em movimentos e atos realizados por camelôs antes da pandemia. Como resultados destacamos a implantação de projetos para reordenamento destinados a modernização do centro da cidade como o Centro de Abastecimento, o Feiraguay e agora o Shopping Cidade das Compras renegando a importância dos camelôs para a identidade e composição do comércio e economia da cidade. Os órgãos de governo que institucionalizaram e marginalizaram a atividade de ambulantes, camelôs, e em certa medida de feirantes nos convoca a pensar as condições de precarização do trabalho, a institucionalização e marginalização. Além disso, o tema abre espaço para discutir as formas de reprodução do espaço urbano uma vez que as formas comerciais são também formas de reprodução das relações sociais.

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LUTA CAMELÔ: CONTRADIÇÕES E CONFLITOS

  • DOI: 10.22533/at.ed.9222326057

  • Palavras-chave: Camelôs, Precarização do Trabalho, Informalidade.

  • Keywords: Street vendors, Precarious work, Informality.

  • Abstract:

    Analyzing the city of Feira de Santana-BA from aspects such as economy, politics and above all the action of the State (emphasis on the municipal sphere) we take street commerce as a starting point for the study and the repercussions of the constitution of the city . The successive crises of capital and the reorganizations of the world of work strengthen and weaken this occupation according to the conveniences of each period. The aim of this study is to articulate the spatial transformations that impacted the street vendors' work relationships through the contradictory aspects of this activity considering the time-space relationship. Its study is justified by its relevance for the formation of the municipality at first, its contribution to consolidation as a city and regional center and its ability to absorb the workforce in periods when capitalism presented crises and restructuring. The time frame will deal with the period between 1970-2020, as relevant situations involving street commerce occurred. Methodological procedures include bibliographic analysis, documentary research, photographic records, participation in movements and acts carried out by street vendors before the pandemic. As a result, we highlight the implementation of reorganization projects aimed at modernizing the city center, such as the Supply Center, Feiraguay and now Shopping Cidade das Compras, denying the importance of street vendors for the identity and composition of the city's commerce and economy. The government bodies that institutionalized and marginalized the activity of street vendors, street vendors, and, to a certain extent, street vendors, call us to think about the conditions of precarious work, institutionalization and marginalization. In addition, the theme opens space for discussing the forms of reproduction of urban space, since commercial forms are also forms of reproduction of social relations.

  • ALESSANDRA OLIVEIRA TELES
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