INTRODUÇÃO: O tabaco é um dos vícios mais presentes em nossa sociedade, marcado por épocas como sinônimo de independência, altruísmo, tendo em vista que esse é composto de mecanismos de ações que ativam vias dopaminérgicas, relacionadas ao sistema de recompensa, causando aumento de epinefrina e norepinefrina, liberação de β-endorfina, ACTH e cortisol. OBJETIVOS: Analisar de uma forma geral as linhas de tratamento para o tratamento da dependência do Tabaco com a finalidade de elucidarmos e difundirmos maior conhecimento sobre as mesmas. REVISÃO DE LITERATURA: Em relação ao uso do tabaco, tal substância possui meia vida de cerca de 2 horas, o que corrobora para que o indivíduo desenvolva dependência. A fim de melhor efeito em relação ao tratamento, faz- se necessário abordar o paciente, desempenhando encorajamento inicial. A avaliação do paciente é realizada através do questionário de tolerância de Fagerström, ferramenta baseada na conduta individualizada. No Brasil, o tratamento do tabagismo está vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), regulado pelo ministério da saúde e coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA). Os tratamentos reconhecidamente eficazes para o tabagismo são: a terapia cognitivo-comportamental, fundamental em todas as situações clínicas e o tratamento farmacológico (terapias de reposição de nicotina ou fármacos não nicotínicos) podendo triplicar a taxa de abstinência em um ano. Sendo que recomenda-se o tratamento farmacológico a todo fumante acima de 18 anos, com consumo maior do que dez cigarros/dia, sendo essa uma medida efetiva para a cessação do tabagismo. A terapia psicofarmacológica, consiste na reposição de nicotina, essas terapias usam um período curto de manutenção, de 6 a 12 semanas, frequentemente seguido por um período de redução gradativa de mais 6 a 12 semanas. Tendo destaque para a goma de mascar de resina-nicotina, 2 mg para indivíduos que fumam menos de 25 cigarros por dia, 4 mg para os que fumam mais de 25 cigarros por dia, pois libera nicotina por meio da mastigação e da absorção bucal. Pastilhas de nicotina são úteis para pacientes que fumam um cigarro imediatamente ao acordar. Adesivos de nicotina, são administrados a cada manhã e produzem concentrações sanguíneas de cerca de metade das concentrações do tabagismo, disponíveis em preparações de 16 horas, sem redução gradual e preparações de 24 ou 16 horas, com redução gradual. O spray nasal de nicotina, produz concentrações de nicotina no sangue que são mais semelhantes às obtidas ao fumar cigarros, duplicando os índices de sucesso do tratamento. A respeito de medicamentos não nicotínicos destacam-se a bupropiona, medicamento antidepressivo com ações tanto dopaminérgicas quanto adrenérgicas, inicia-se seu uso em 150 mg ao dia durante três dias com aumento para 150 mg duas vezes ao dia durante 6 a 12 semanas. Combinação desse fármaco e adesivo de nicotina apresentou índices mais elevados do que um ou outro método isoladamente. A nortriptilina é recomendada como segunda opção de fármaco. A vareniclina, substância com ação em receptores, colinérgicos nicotínicos (efeito antagonista) e de acetilcolina nicotínicos neuronais (efeito agonista). A clonidina reduz a atividade simpática do locus ceruleus, assim acredita-se que aplaque os sintomas de abstinência. Os benzodiazepínicos, 10 a 30 mg por dia, para as primeiras 2 a 3 semanas de abstinência. Ademais, uma vacina de nicotina que produz anticorpos específicos para a substância no cérebro está sendo pesquisada pelo National Institute on Drug Abuse (NIDA). CONCLUSÃO: Baseado na revisão realizada, foi demostrado grande utilização principalmente da terapia combinada de adesivos de nicotina à medicação bupropiona relacionada aos desfechos do tratamento para dependência do tabaco.