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capa do ebook Linguagem Jurídica

Linguagem Jurídica

No ambiente jurídico, o ato

comunicativo não pode encarar à solta o

problema da diversidade lingüística de seus

usuários, porque o Direito é uma ciência que

organiza o comportamento das pessoas. Toda

linguagem é um discurso, mas um entendimento

tradicional da atividade lingüística prefere

chamar de linguagem afetiva toda articulação de

palavras, sons e gestos sem uma preocupação

maior com a elaboração do pensamento.

Todavia, a argumentação autua-se por meio do

discurso, isto é, por palavras que se encadeiam,

constituindo um todo coerente e cheio de

significado, que produz um efeito racional no

ouvinte. Por conseguinte, argumentar, em

sentido rigoroso, é mais que a construção

do bom raciocínio jurídico, para aqueles que

operam o Direito. Argumentar expressa partir

do bom raciocínio jurídico e preocupar-se

com o conteúdo lingüístico fundamental para

que o leitor o aceite como verdadeiro. Enfim,

pode-se dizer que distinguir a linguagem que

necessita ser empregada em certo discurso

é um bom argumento na medida em que o

interlocutor sempre presume que aquele que

tem melhor linguagem, isto é, que estabelece

melhor expressão de suas idéias, conhece com

mais profundidade aquela matéria sobre a qual

estuda.

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Linguagem Jurídica

  • DOI: 10.22533/at.ed.60419251112

  • Palavras-chave: Lei. Linguagem. Democracia

  • Keywords: Law. Language. Democracy

  • Abstract:

    In juridical environment, a

    communicative act can not face the problem of

    language diversity of its users, because Law is

    a science which organizes people’s behaviour.

    Every language is a speech, but a traditional

    understanding of language activity prefers to

    call affective language any articulation of words,

    sounds and gestures without a major worry

    with elaboration of thought. Nevertheless,

    argumentation happens through a speech, that

    is, words form a chain building up a coherent

    whole, full of meaning,which produces a rational

    effect over the listener. Thus, argumenting, in its pure meaning, is more than the

    construction of a good juridical thinking, for those who work the Law. Argumenting is to

    express a start from the good juridical thinking and concern about fundamental linguistic

    meaning so that the reader accept it as true. So, wecan state that to distinguish the

    language that needs to be used in a certain speech is a good argument as long as the

    interlocutor always takes for granted that the one who has the best language, that is,

    the one who best expresses their ideas, knows better the topic about what they study.

  • Número de páginas: 15

  • Adelcio Machado dos Santos
  • Evelyn Scapin
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