Na descoberta das leveduras,

estudos notáveis marcaram a evidencia

desse grupo de fungos, como a descrição da

estomatite por Hipócrates no século V a.c.,

bem como as observações microscópicas

de Antony van Leeuwenhoek, em 1680, e

a de Eichstedt, em 1846. Desde então, as

leveduras tiveram maior notoriedade, com

importante constatação de Gordon em 1951

em pele saudável e com lesão. Assim, algumas

leveduras são consideradas como integrante da

microbiota autóctone, neste caso um comensal

que coloniza o extrato córneo e algumas ainda

colonizam mucosa e trato gastrintestinal. Ainda,

as leveduras são reconhecidas com potencial

de causar variadas condições clínicas, podendo

ser de origem endógena ou exógena. Em

condições especiais, pode haver uma ruptura

do binômio parasita-hospedeiro em que a

levedura passa do estado de colonização/

comensal a parasítica/patogênica, sobretudo

em pacientes críticos com condições clínicas

importantes. As leveduroses, comumente

ocorrem por espécies de Candida, destacandose

C. albicans, mas outras como Malassezia

em condições superficiais e espécies de

Trichosporon, Cryptococcus e Rhodotorula

podem, ainda, causar leveduroses oportunistas.

O diagnóstico deve ser clínico e laboratoriaL

para diferenciação entre colonização e doença,

bem como no direcionamento da necessidade

do tratamento. Por conseguinte, deve ser

tratada a levedurose e não a colonização por

levedura. A conduta baseada em uma análise

criteriosa permite o diagnóstico de excelência

necessárias para o melhor tratamento e

redução da resistência terapêutica e o alto perfil

de morbimortalidade ocasionado por leveduroses graves, principalmente as causadas

por leveduras com alta expressão de patogenicidade componentes da microbiota,

assim como as emergentes.