Leituras Contemporâneas de Rousseau: Constant, Vaughan, Talmon ou Berlin: De que Lado Estará o Verdadeiro Pensamento do Genebrino?
O Do contrato social, livro publicado
por Rousseau em Paris em abril de 1762 é
o trabalho que lhe notabiliza no campo do
pensamento político. Nele imprimindo uma
forma abstrata, metafísica, o filósofo põese
a enfrentar o problema da relação entre
liberdade e autoridade, essa uma questão
bastante espinhosa que suscita polêmicas e
controvérsias fazendo às vezes perder-se a
orientação verdadeira de seu pensamento.
De um lado, aparecem aqueles que, tocados
pela perspectiva liberal, contestam a essência
de suas ideias, tendo-o enquanto ditador e
totalitário. B. Constant, vendo-o inspirado
nos antigos, em especial os gregos, no
seio da pólis, entende que, embora comece
orientando-se pelas ideias de Locke, tal como
lhe interpreta também C.E. Vaughan, Rousseau
acaba defendendo um modelo de Estado que
absolutiza a vontade geral, vindo sufocar o
indivíduo. Por essa linha teórica, avançam,
guardados seus traços próprios, J. L.Talmon
e I. Berlin. Penso ser possível divergir-se
dessa perspectiva entendendo que a essência
da doutrina política de nosso autor não é
autocrática e totalitária e busca consumar um
gênero elevado de liberdade. Visamos aqui,
neste escrito, apoiarmo-nos neste conceito
convencido de que nele está fundado o
verdadeiro pensamento de Rousseau que não
raro é muito mal lido, embora contenha ideias
alvissareiras no sentido moral e político.
Leituras Contemporâneas de Rousseau: Constant, Vaughan, Talmon ou Berlin: De que Lado Estará o Verdadeiro Pensamento do Genebrino?
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DOI: 10.22533/at.ed.94019040218
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Palavras-chave: Filosofia; Política; Homem; Liberdade; Autoridade.
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Keywords: Philosophy; Policy; Man; Freedom; Authority.
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Abstract:
Of the social contract, book
published by Rousseau in Paris in April of 1762
is the work that marks him in the field of political
thought. In it, in an abstract, metaphysical form,
the philosopher confronts the problem of the
relation between freedom and authority, a rather
thorny question that provokes controversy,
sometimes losing the true orientation of his
thought. On the one hand, there are those who,
touched by the liberal perspective, challenge
the essence of his ideas, considering him
dictator and totalitarian. B. Constant, seeing
him inspired by the ancient thinkers, especially
the Greeks, within the polis, understands that,
although he begins by orienting himself by the
ideas of Locke, as he is also interpreted by
C.E. Vaughan, Rousseau ends up defending a
model of state that absolutizes the general will,
and suffocates the individual. By this theoretical
line, J.L. Talmon and I. Berlin move on, taking
their own traits into consideration. I think it
is possible to depart from this perspective by understanding that the essence of our
author’s political doctrine is not autocratic and totalitarian seeking to achieve a high
degree of freedom. In this written we intend to rely on this concept convinced that it is
based on Rousseau’s true thought, which is often very poorly read, although it contains
whimsical ideas in the moral and political sense.
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Número de páginas: 15
- Arlei de Espindola