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Leishmanioses em Foco: O Estado da Arte

As leishmanioses são um grupo de doenças infecciosas causadas por parasitas do gênero Leishmania e transmitidas através da picada de flebotomíneos. Essas doenças são consideradas importantes problemas de saúde pública em várias partes do mundo devido à sua alta prevalência e ampla distribuição geográfica. A epidemiologia das leishmanioses varia de acordo com a região e a espécie de Leishmania envolvida. Estima-se que cerca de 1 bilhão de pessoas estejam em risco de contrair a doença em mais de 98 países em desenvolvimento ou desenvolvidos. As leishmanioses estão presentes em cinco continentes: Europa, África, Ásia, América e Oceania. No Brasil, as leishmanioses também representam um importante problema de saúde pública. O país é considerado endêmico para a leishmaniose visceral (LV) e leishmaniose tegumentar (LT). A LV, também conhecida como calazar, apresenta uma ampla distribuição geográfica no território brasileiro, afetando principalmente as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e parte da região Sudeste. Já a LT é mais comum nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A LV no Brasil é causada principalmente pela Leishmania infantum, transmitida pelo vetor Lutzomyia longipalpis. A doença possui um ciclo enzoótico que envolve principalmente cães como reservatórios, mas também pode afetar outros mamíferos, incluindo o homem. A LT, por sua vez, é causada por diferentes espécies de Leishmania, com Lutzomyia spp. atuando como vetores. Fatores como a urbanização desordenada, migração populacional, desmatamento, degradação ambiental e mudanças climáticas têm contribuído para o aumento da incidência das leishmanioses no Brasil e em outros países. Além disso, a co-infecção com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e a desnutrição são fatores de risco importantes para o desenvolvimento de formas graves da doença. O controle das leishmanioses envolve medidas como o diagnóstico precoce, tratamento adequado dos casos, controle vetorial, medidas de prevenção individual (como o uso de repelentes e mosquiteiros) e ações de educação em saúde. A vacinação contra a LV é uma estratégia em estudo, mas ainda não está amplamente disponível. Nesta mini revisão, apresentamos alguns aspectos e definições das leishmanioses.
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Leishmanioses em Foco: O Estado da Arte

  • DOI: 10.22533/at.ed.9752325092

  • Palavras-chave: Leishmanioses, Leishmaniose Tegumentar, Leishmaniose Visceral

  • Keywords: Leishmaniases, Cutaneous Leishmaniasis, Visceral Leishmaniasis

  • Abstract: Leishmaniases are a group of infectious diseases caused by parasites of the genus Leishmania and transmitted through the bite of phlebotomine sand flies. These diseases are considered significant public health problems in various parts of the world due to their high prevalence and wide geographical distribution. The epidemiology of leishmaniases varies according to the region and the species of Leishmania involved. It is estimated that about 1 billion people are at risk of contracting the disease in more than 98 developing or developed countries. Leishmaniases are present on five continents: Europe, Africa, Asia, America, and Oceania. In Brazil, leishmaniases also represent a significant public health issue. The country is considered endemic for both visceral leishmaniasis (VL) and cutaneous leishmaniasis (CL). VL, also known as kala-azar, has a wide geographical distribution in the Brazilian territory, mainly affecting the North, Northeast, Midwest, and part of the Southeast regions. On the other hand, CL is more common in the North, Northeast, and Midwest regions. VL in Brazil is mainly caused by Leishmania infantum, transmitted by the vector Lutzomyia longipalpis. The disease has an enzootic cycle that mainly involves dogs as reservoirs, but it can also affect other mammals, including humans. CL, on the other hand, is caused by different species of Leishmania, with Lutzomyia spp. acting as vectors. Factors such as disorderly urbanization, population migration, deforestation, environmental degradation, and climate change have contributed to the increasing incidence of leishmaniases in Brazil and other countries. Additionally, co-infection with the human immunodeficiency virus (HIV) and malnutrition are important risk factors for the development of severe forms of the disease. The control of leishmaniases involves measures such as early diagnosis, appropriate treatment of cases, vector control, individual prevention measures (such as the use of repellents and mosquito nets), and health education actions. Vaccination against VL is a strategy under study but is not widely available yet. In this mini-review, we present some aspects and definitions of leishmaniases.

  • Adalberto Alves Pereira Filho
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