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capa do ebook LEISHMANIOSE VISCERAL: UM OLHAR ABRANGENTE SOB UMA REVISÃO LITERÁRIA.

LEISHMANIOSE VISCERAL: UM OLHAR ABRANGENTE SOB UMA REVISÃO LITERÁRIA.

A leishmaniose visceral (LV) ou calazar é uma doença crônica grave causada por protozoários do gênero Leishmania. No Brasil, a espécie envolvida na patogenia da LV é Leishmania (L.) chagasi, o ciclo da transmissão é zoonótico, sendo o cão doméstico o principal reservatório, e o flebotomíneo Lutzomyia longipalpis o principal vetor. A doença caracteriza-se por amplo espectro clínico, que pode variar desde as manifestações oligossintomáticas à letalidade. Deve-se suspeitar do diagnóstico quando o paciente apresentar febre e esplenomegalia associado ou não à hepatomegalia. A evolução clínica da LV é dividida em períodos, sendo eles: (1) período inicial; (2) período de estado; (3) período final. As complicações mais frequentes da LV são de natureza infecciosa bacteriana, já quanto as principais causas imediatas de óbito nesses pacientes, além da infecção, têm-se a hemorragia, anemia e insuficiência hepática. Para prevenção e controle, são citados o uso de mosquiteiro e telas, repelentes, ações que reduzam o número de ambientes propícios para proliferação do vetor, além dos cuidados direcionados aos cães, como coleiras impregnadas com deltametrina a 4% e a realização de exames sorológicos para LV. Por ser uma doença de notificação compulsória e de evolução grave, o diagnóstico deve ser feito de forma precisa e precoce, sendo que em situações onde o diagnóstico sorológico e/ou parasitológico não estiver disponível, o início do tratamento não deve ser postergado. O diagnóstico laboratorial baseia-se em exames imunológicos, que consistem na pesquisa de anticorpos, e parasitológicos, que consistem no diagnóstico de certeza, feito pela visualização de amastigotas do parasita em material biológico obtido da medula óssea, do linfonodo ou do baço. No Brasil, os medicamentos utilizados para o tratamento da LV são o antimoniato pentavalente e a anfotericina B, sendo o desoxicolato de anfotericina B e a anfotericina B lipossomal as formas de apresentação do último.

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LEISHMANIOSE VISCERAL: UM OLHAR ABRANGENTE SOB UMA REVISÃO LITERÁRIA.

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.3232108075

  • Palavras-chave: Leishmaniose visceral. Prevenção. Infectologia. Doenças Transmitidas por Vetores.

  • Keywords: Visceral leishmaniasis. Prevention. Infectology. Vector-borne Diseases.

  • Abstract:

    Visceral leishmaniasis (VL) or kala-azar is a severe chronic disease caused by protozoa of the genus Leishmania. In Brazil, the species involved in the pathogenesis of VL is Leishmania (L.) chagasi, the transmission cycle is zoonotic, with the domestic dog being the main reservoir, and sand fly Lutzomyia longipalpis the main vector. The disease is characterized by a broad clinical spectrum, which can range from oligosymptomatic manifestations to lethality. The diagnosis should be suspected when the patient has fever and splenomegaly associated or not with hepatomegaly. The clinical evolution of VL is divided into periods, namely: (1) initial period; (2) period of state; (3) final period. The most frequent complications of VL are of a bacterial infectious nature, as the main immediate causes of death in these patients, in addition to infection, are hemorrhage, anemia and liver failure. For prevention and control, the use of mosquito nets and screens, repellents, actions that reduce the number of favorable environments for the proliferation of the vector are mentioned, in addition to the care directed to dogs, such as collars impregnated with 4% deltamethrin and the performance of serological tests for LV. As it is a disease with mandatory notification and serious evolution, the diagnosis must be made accurately and in early stages, and in situations where serological and/or parasitological diagnosis is not available, the beginning of treatment should not be delayed. Laboratory diagnosis is based on immunological tests, which consist of antibody testing, and parasitological tests, which consist of the certainty of diagnosis, made by visualizing the parasite's amastigotes in biological material obtained from the bone marrow, lymph node or spleen. In Brazil, the drugs used to treat VL are pentavalent antimoniate and amphotericin B, with amphotericin B deoxycholate and liposomal amphotericin B as the forms of presentation of the latter.

  • Número de páginas: 12

  • Camyla Veras Lira
  • Gabriel Lima Barcellos
  • Mariana Gonçalves Leal de Oliveira
  • Rogério Rodrigues Veloso
  • Rosangela do Socorro Pereira Ribeiro
  • Rita Mikelle Soares Dias
  • Tatiany Scaramussa Groberio
  • Marcela Araujo Pereira
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