Artigo - Atena Editora

Artigo

Baixe agora

Livros

LEISHMANIOSE: UMA BREVE REVISÃO

As leishmanioses são um grupo de doenças descritas desde a antiguidade e classificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma Doença Tropical Negligenciada (DTN). A transmissão ocorre por meio de vetores, popularmente conhecidos como flebotomíneos, e o agente etiológico são protozoários do gênero Leishmania. As leishmanioses podem ser divididas em leishmaniose visceral (LV) e leishmaniose tegumentar Americana (LTA) dependendo da espécie e sintomatologia que causam. De acordo com a OMS, 99 países ou territórios são endêmicos para a doença, representando ainda um problema de saúde pública em países subdesenvolvidos. O diagnóstico parasitológico é realizado pela identificação das formas parasitárias em amostras biológicas, por meio das colorações de Giemsa ou Leishman, onde é possível a visualização de macrófagos infectados com as formas amastigotas ao microscópio óptico. Além disso, outros métodos podem ser utilizados para auxiliar no diagnóstico, como os testes moleculares e imunológicos. O tratamento das leishmanioses é desafiador e atualmente não existem vacinas ou medicamentos para uso profilático. Está disponível um pequeno arsenal de medicamentos para tratamento dos casos, incluindo antimoniais pentavalentes, anfotericina B desoxicolato, formulações lipídicas de anfotericina B, miltefosina e paromomicina, todos eles apresentando desvantagens no que se refere a toxicidade, eficácia, custo ou regime de tratamento. Visto o limitado número de medicamentos disponíveis e suas limitações, existe a necessidade de maiores investimentos e estudos para a descoberta de novos fármacos que contribuam para o tratamento e controle da doença.
Ler mais

LEISHMANIOSE: UMA BREVE REVISÃO

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.8421625120610

  • Palavras-chave: Leishmaniose, Leishmania spp., epidemiologia, diagnóstico, tratamento.

  • Keywords: Leishmaniasis, Leishmania spp., epidemiology, diagnosis, treatment.

  • Abstract: Leishmaniases are a group of diseases described since ancient times and classified by the World Health Organization (WHO) as a neglected tropical disease. Transmission occurs by sand flies and the etiological agent are protozoa of the genus Leishmania. Leishmaniases can be divided into visceral leishmaniasis (VL) and American tegumentary leishmaniasis (ATL). According to the WHO, 99 countries or territories are endemic for leishmaniases, still representing a public health problem in underdeveloped countries. Parasitological diagnosis is carried out by identifying parasitic forms in biological samples, using Giemsa or Leishman stain, where it is possible to visualize macrophages infected with the amastigote forms under a light microscope. Moreover, other methods, such as molecular and immunological tests, can assist in diagnosis. The treatment of leishmaniases is challenging, and there are currently no vaccines or prophylactic drugs. A reduced number of drugs are used, including pentavalent antimonials, amphotericin B deoxycholate, lipid formulations of amphotericin B, miltefosine, and paromomycin, all of which present disadvantages in terms of toxicity, efficacy, cost, or treatment regimen. Given the limited number of drugs available and their limitations, there is a need for more significant investment and studies to discover new drugs that contribute to controlling the disease.

  • Edezio Ferreira da Cunha Junior
  • Rodrigo da Silva Sá Freire
  • Efrain Rodrigues de Souza
  • Amanda Berbert Rodrigues de Barros
  • Gil Mendes Viana
  • Lauren Hubert Jaeger
  • Valter Viana de Andrade Neto
  • Eduardo Caio Torres-Santos
Fale conosco Whatsapp