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capa do ebook LECTINAS VEGETAIS COMO FERRAMENTAS TERAPÊUTICAS: UMA REVISÃO

LECTINAS VEGETAIS COMO FERRAMENTAS TERAPÊUTICAS: UMA REVISÃO

As lectinas são proteínas que

possuem domínios capazes de reconhecer

moléculas glicídicas, às quais se ligam

de maneira reversível e específica. Essas

proteínas estão envolvidas nos mecanismos

de defesa dos organismos multicelulares,

desempenhando um importante papel na

imunidade inata, geralmente por reconhecer

epítopos de glicano semelhantes que ocorrem

na superfície celular de patógenos. Nesse

sentido, as propriedades farmacológicas das

lectinas têm sido amplamente exploradas,

incluindo seu potencial como agentes

antibacterianos, antifúngicos, antivirais,

antitumorais e cicatrizantes. A atividade

antimicrobiana das lectinas tem sido associada

à interação com componentes da parede celular

de bactérias (ácido teicóico e teicurônico,

peptidoglicanos e lipopolissacarídios) ou de

fungos (N-acetilglicosamina) e à formação

de poros, alterando a permeabilidade

celular. O efeito de lectinas sobre os vírus

envolve a ligação com oligossacarídeos que

contém resíduos de manose, presentes nas

superfícies de glicoproteínas do envelope viral.

Adicionalmente, a atividade antitumoral das

lectinas está associada à combinação entre a

alteração no padrão de glicosilação das células

tumorais comparado às células saudáveis, e a

especificidade da interação lectina-carboidrato.

Com relação ao efeito cicatrizante, este pode

estar vinculado à capacidade das lectinas em

induzir a produção de proteases por células

do sistema imunológico, fundamentais para o

processo de reparação tecidual. Neste contexto,

esta revisão apresenta uma discussão sobre

a utilização das lectinas como ferramentas

terapêuticas.

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LECTINAS VEGETAIS COMO FERRAMENTAS TERAPÊUTICAS: UMA REVISÃO

  • DOI: Atena

  • Palavras-chave: Lectinas, atividade antimicrobiana, atividade antiviral, atividade antitumoral, atividade cicatrizante.

  • Keywords: Lectins, antimicrobial activity, antiviral activity, antitumor activity, healing activity

  • Abstract:

    Lectins are proteins that contain domains capable of recognizing glycan

    molecules, to which they bind in a reversible and specific manner. These proteins are

    involved in the defense mechanisms of multicellular organisms, playing an important

    role in innate immunity, generally by recognizing similar glycan epitopes that occur on

    the pathogens cell surface. In this sense, the pharmacological properties of lectins

    have been extensively explored, including their potential as antibacterial, antifungal,

    antiviral, antitumor and cicatrizant agents. The antimicrobial activity of lectins has been

    associated with the interaction with cell wall components from bacteria (teichoic and

    teicuronic acid, peptidoglycans and lipopolysaccharides) or fungi (N-acetylglucosamine)

    and pore formation, altering cell permeability. The effect of lectins on viruses involves

    the binding with oligosaccharides containing mannose residues on the surfaces

    of glycoproteins from viral envelope. In addition, the antitumor activity of lectins is

    associated with the combination between the alteration in the glycosylation pattern of

    tumor cells regarding the healthy cells, and the specificity of the lectin-carbohydrate

    interaction. On the healing effect, this may be linked to the ability of lectins to induce

    the production of proteases by cells of the immune system, which are fundamental for

    the tissue repair process. In this context, this review presents a discussion on the use

    of lectins as therapeutic tools.

  • Número de páginas: 15

  • Emmanuel Viana Pontual
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