LAÇOS DA EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE: HÁ BRAÇOS QUE SÃO AUSENTES
A problemática da construção
histórica acerca da sexualidade e dos gêneros
corrobora o desencadeamento de preconceitos
e estigmas. Desse modo, esse artigo fomenta
discussões referentes a essa premissa,
relacionando Educação Popular em Saúde
com aspectos de autonomia dos usuários da
Atenção Primária, em estratégias de produção
de saúde, cuidado e corresponsabilização. Para
evidenciar essas características, foi utilizada
uma abordagem qualitativa baseada na análise
de conteúdo, a fim compreender uma realidade
que não pode ser quantificada. Além disso, a
discussão baseou-se na tentativa de abranger
os entraves presentes na atenção básica que a
população LGBT pode enfrentar, na busca por
estratégias que efetivem o direito ao acesso
dessas pessoas ao Sistema Único de Saúde.
A relação dialógica presente entre o campo da
saúde e o da educação vem demonstrar como
esses paradigmas podem ser superados, visto
que é por meio de metodologias participativas
– da Educação Popular em Saúde – que se
pode entender as realidades e como elas
são percebidas. Portanto, fica evidenciado a
necessidade de potencializar as construções
e expressões subjetivas do referido grupo,
em decorrências das barreiras, construídas
historicamente, privando e excluindo toda uma
população ao acesso a saúde. Não obstante,
é necessário enxergar que os processos de
Educação Popular em Saúde atuam com os
usuários e, também, com os profissionais da
Atenção Primária, pois estes necessitam de
atualizações contínuas que objetivem uma
melhor gestão e execução dos princípios
da saúde, visto que a efetivação de direitos
também passa por eles.
LAÇOS DA EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE: HÁ BRAÇOS QUE SÃO AUSENTES
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DOI: 10.22533/at.ed.09519030418
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Palavras-chave: Educação Popular em Saúde. LGBT. Atenção Básica. Educação.
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Keywords: Popular Health Education. LGBT. Basic Care. Education.
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Abstract:
The problem regarding the
historical gender and sexuality construction
contributes for prejudice and stigmas triggering.
Thus, this article encourages discussions
referring this premise, linking Popular Health
Education to autonomy aspects of Primary Care
users, within strategies of health production,
care and co-responsibility. To evidence these
features, a qualitative content-based approach
was used to comprise a non-quantifiable reality.
Moreover, the discussion based itself on the
attempt to embrace the basic care hindrances
that LGBT population may face, aiming
strategies that actualize these people right to access the Unified Health System. The
dialogic relation between health and education fields comes to demonstrate how these
paradigms might be overcome, whereas it is by participative methodologies – from
Popular Health Education – that realities are made understandable and noticeable.
Therefore, it is evidenced the need to potentialize the constructions and subjective
expressions of the referred group. Such need is due to the historically built barriers
that deprive and exclude a whole population from accessing health. Nevertheless, it
is necessary to see that the Popular Health Education processes act with its users
alongside Primary Care professionals, because the latter need continuous upgrading
aiming better management and execution of health principles, since the effectiveness
of rights also goes through them.
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Número de páginas: 15
- Leonardo Farias de Arruda
- Ricard José Bezerra da Silva