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KOIXOMUNETI: xamanismo e resistência Terena

O presente texto é um estudo etnográfico interdisciplinar, histórico e antropológico, sobre o xamanismo Terena na aldeia Kopenoti, Terra Indígena Araribá, situada no município de Avaí, estado de São Paulo. Parte-se dos princípios que orientam a “Nova História Indígena”, valorizando o protagonismo dos sujeitos históricos agentes de sua própria cultura. Buscou-se descrever e analisar o xamanismo Terena a partir de narrativas e práticas, visto que ambas expressam a maneira pela qual os indígenas estruturam e significam o mundo, mesmo num ambiente multiétnico e de sincretismo religioso. Considerou-se-como hipótese que os indígenas assumem e ressignificam o xamanismo segundo sua lógica dada pela sua cosmologia, visto que é uma prática que está retornando à comunidade depois de um longo período, como um processo de afirmação étnica e valorização cultural. Os dados foram interpretados a partir de uma análise simbólica, pois são de ordem cultural. Considera-se que as atividades culturais são ações nas quais o simbolismo forma o conteúdo positivo e são públicas, observáveis e, portanto, descritíveis e analisáveis sob o ponto de vista dos sujeitos que a engendram.
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KOIXOMUNETI: xamanismo e resistência Terena

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.79324140510

  • Palavras-chave: Terena; xamanismo; cultura.

  • Keywords: Terena; xamanism; culture.

  • Abstract: The present text is an interdisciplinary, historical and anthropological ethnographic study on Terena shamanism in the Kopenoti village, Araribá Indigenous Land, located in the municipality of Avaí, state of São Paulo. It starts from the principles that guide the “New Indigenous History”, valuing the protagonism of historical subjects who are agents of their own culture. We sought to describe and analyze Terena shamanism based on narratives and practices, as both express the way in which indigenous people structure and signify the world, even in a multi-ethnic and religious syncretism environment. It was considered as a hypothesis that indigenous people assume and resignify shamanism according to their logic given by their cosmology, since it is a practice that is returning to the community after a long period, as a process of ethnic affirmation and cultural valorization. The data were interpreted based on a symbolic analysis, as they are of a cultural nature. Cultural activities are considered to be actions in which symbolism forms the positive content and are public, observable and, therefore, describable and analyzable from the point of view of the subjects who engender them.

  • Michelle Carlesso Mariano
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