JUVENTUDE(S) PLURAIS: vozes juvenis de (re)existências no Grande Bom Jardim.
O presente artigo busca compreender e interpretar as narrativas e experiências de jovens artivistas residentes na região do Grande Bom Jardim, em Fortaleza-Ce. Enfoca suas produções discursivas e práticas político-culturais juvenis expressivas de ressignificações e resistências inscritas em seus modos de ser jovem em territórios estigmatizados (WACQUANT, 2005) desta região. Configura-se em recorte de nossa pesquisa de Iniciação Científica (IC) intitulada VULNERABILIDADES JUVENIS E PRÁTICAS DE RESISTÊNCIAS POLÍTICO-CULTURAIS NAS MARGENS DE FORTALEZA-CE: narrativas e experiências de jovens negros (as) em seus percursos e territórios no Grande Bom Jardim, realizada no período de agosto de 2016 a julho de 2017, contando com o apoio da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Objetiva-se interpretar como estas juventudes significam e vivenciam modos plurais de ser jovem e morador do Grande Bom Jardim, considerando as condições de vulnerabilidades socioeconômica e civil (KOWARICK, 2009) às quais se encontram submetidos nestas margens urbanas (TELLES, 2010), bem como suas práticas de resistências constituídas a partir de seus territórios vividos. Em perspectiva de articulação entre arte-cultura e política, muitos (as) jovens do Grande Bom Jardim vêm criando seus coletivos juvenis independentes, flexíveis e deslocantes, de maneira a permitir suas articulações em redes de mobilização, resistências e lutas coletivas, com vistas à defesa de seus territórios e de efetivos direitos de seus moradores, sobretudo, as juventudes. Desenvolvem práticas político-culturais para, de e com jovens, ocupando e requalificando espaços públicos das/nas suas periferias, com foco nas praças desta região, ao passo que buscam valorizar as produções artísticas locais de conteúdo crítico-político e propositivo de alternativas ao suposto “destino” naturalizado (im)posto aos “jovens pobres, negros (as) e das periferias”.
JUVENTUDE(S) PLURAIS: vozes juvenis de (re)existências no Grande Bom Jardim.
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DOI: 10.22533/at.ed.7422207029
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Palavras-chave: Margens. Juventudes. Arte. Cultura e Política. Resistências e Reenxistências.
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Keywords: Margins. Youths. Art. Culture and Politics. Resistances and Re-existences.
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Abstract:
This article seeks to understand and interpret the narratives and experiences of young artivists living in the Grande Bom Jardim region, in Fortaleza-Ce. It focuses on their discursive productions and youth political-cultural practices that express resignifications and resistances inscribed in their ways of being young in stigmatized territories (WACQUANT, 2005) in this region. It is an excerpt from our Scientific Initiation (CI) research entitled YOUTH VULNERABILITIES AND POLITICAL-CULTURAL RESISTANCE PRACTICES IN THE MARGINS OF FORTALEZA-CE: narratives and experiences of young black people in their journeys and territories in Grande Bom Jardim, held from August 2016 to July 2017, with the support of the State University of Ceará (UECE). The objective is to interpret how these youths mean and experience plural ways of being young and living in Grande Bom Jardim, considering the conditions of socioeconomic and civil vulnerabilities (KOWARICK, 2009) to which they are submitted in these urban margins (TELLES, 2010), as well as their practices of resistance constituted from their lived territories. In the perspective of articulation between art-culture and politics, many young people from Grande Bom Jardim have been creating their independent, flexible and dislocating youth collectives, in order to allow their articulation in networks of mobilization, resistance and collective struggles, with a view to defense of their territories and the effective rights of their residents, especially the youth. They develop political-cultural practices for, from and with young people, occupying and requalifying public spaces from/in its peripheries, with a focus on squares in this region, while seeking to value local artistic productions with critical-political content and propositional alternatives to the supposed “destiny” naturalized (im)posed to “poor, black and peripheral youths”.
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Número de páginas: 21
- Jamille Rodrigues Braga
- Benedita Beatriz Elias Dias
- Lívia Kelly da Silva
- Rayanne Rodrigues Valentim
- Leila Maria Passos de Souza Bezerra