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INTERVENÇÕES NA PRIMEIRA INFÂNCIA: PECULIARIDADES E CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS

Este trabalho estrutura-se através de um projeto de estágio curricular não-obrigatório desenvolvido em uma Instituição do Estado de Santa Catarina, onde o objetivo se articulou a observância dos potenciais riscos para a estruturação psíquica na díade mãe-bebê, bem como o acolhimento de mães, este último amplificando a prática do acolhimento clínico, bem como intervenções na relação mãe e/ou cuidador. Os procedimentos metodológicos engendraram-se na revisão das contribuições da psicanálise para as intervenções com bebês e crianças, bem como sua relação com a pré-história do sujeito, o estabelecimento do inter-relacionamento mãe-bebê e importância do acolhimento dos cuidadores para a estruturação de intervenções clínicas. Observou-se, através do brincar a relação mãe-bebê, a qual desenvolveu-se na sala de espera dos acolhimentos clínicos. Os resultados do projeto demonstraram-nos que bebês prematuros, sindrômicos, com atrasos no desenvolvimento e/ou diagnosticados precocemente na primeira infância apresentam potenciais riscos em sua dinâmica psíquica, cabendo-nos ressaltar que o diagnóstico biomédico de autismo neste tempo constitui-se como um equívoco mediante as articulações psicanalítica, pois esta entende que o sujeito está sempre por vir, deste modo o diagnóstico precoce engendra-se como uma agressividade ao futuro daquele que está em processo de estruturação psíquica. Para tanto, indicamos que o estudo dos Indicadores de Risco para o Desenvolvimento Infantil – IRDI (Desenvolvido por Maria Cristina Kupfer e outros pesquisadores) sejam de alguma forma acoplados as intervenções na primeira infância para que o futuro desta não seja engessada com processos diagnósticos que em muitos dos casos nos chegam como autismo, porém ecoam na clínica como risco potencial psicótico.
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INTERVENÇÕES NA PRIMEIRA INFÂNCIA: PECULIARIDADES E CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.3962402021

  • Palavras-chave: Primeira Infância; Intervenção Precoce; Acolhimento de mães; Equívoco Diagnóstico; Contribuição Multidisciplinar.

  • Keywords: Early Childhood; Early intervention; Reception of mothers; Misdiagnosis; Multidisciplinary Contribution.

  • Abstract: This work is structured through a non-mandatory curricular internship project developed in an Institution in the State of Santa Catarina, where the objective was articulated to observe the potential risks for the psychic structuring in the mother-baby dyad, as well as the reception of mothers, the latter amplifying the practice of clinical reception, as well as interventions in the mother and/or caregiver relationship. The methodological procedures were engendered in the review of the contributions of psychoanalysis to interventions with babies and children, as well as its relationship with the prehistory of the subject, the establishment of the mother-baby interrelationship and the importance of welcoming caregivers for structuring of clinical interventions. The mother-baby relationship was observed through playing, which developed in the clinical reception waiting room. The results of the project showed us that premature, syndromic babies, with developmental delays and/or diagnosed early in early childhood present potential risks to their psychic dynamics, and it is worth highlighting that the biomedical diagnosis of autism at this time constitutes a mistake through psychoanalytic articulations, as this understands that the subject is always to come, thus early diagnosis is engendered as an aggressiveness towards the future of the person who is in the process of psychic structuring. To this end, we recommend that the study of Risk Indicators for Child Development – IRDI (Developed by Maria Cristina Kupfer and other researchers) be somehow coupled to interventions in early childhood so that its future is not hampered by diagnostic processes that in Many of the cases come to us as autism, but they echo in the clinic as a potential psychotic risk.

  • Deise Priscila Delagnolo
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