INTERVENÇÕES MÉDICAS NO PARTO VAGINAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
O parto vaginal é um processo
fisiológico e natural, que deve ocorrer sem
intervenções de maior complexidade. A
realização de intervenções sem indicação
estão correlacionados com piores resultados
maternos e neonatais. OBJETIVO: Conhecer
a frequência e indicações da episiotomia e
ocitocina no parto vaginal. MÉTODOS: Tratase
de uma revisão integrativa da literatura. Os
artigos foram selecionados por meio de duas
buscas nas bases de dados MEDLINE, LILACS e
BDENF, empregando descritores “parto normal,
“episiotomia”, subsequente “parto normal,
“ocitocina”, conectados pelo operador booleano
AND. Foram incluídos artigos científicos, ano
de publicação 2013 a 2017 e texto completo
disponível. Foram excluídos revisões literárias,
artigos duplicados, fuga ao tema, pesquisas
com animais e relato de caso. RESULTADOS:
A aplicação dos critérios resultou em 16 artigos,
6 no Brasil e 10 no exterior. A amostra variou
de 63 a 691.738 parturientes, com faixa etária
de 17 a 46 anos. O uso da ocitocina variou de
27% em estudos na Suécia a 100% durante
o 3° estágio do parto, no Brasil. Em todos
os artigos, essas intervenções utilizadas
foram excessivas, sendo mais indicadas
no prolongamento do parto, prevenção da
cesárea e riscos para hemorragias. As taxas
de episiotomia nos partos foram de 2,4% a
83%, com 81,8% dos estudos apresentando
taxas acima do preconizado pela Organização
Mundial da Saúde. Houve predominância
em primíparas, no Brasil e no exterior, tendo
indicação principalmente pela resistência do
períneo e primiparidade. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Percebeu-se a realização abusiva
dessas intervenções obstétricas, devendo
refletir os critérios necessários para esses
procedimentos.
INTERVENÇÕES MÉDICAS NO PARTO VAGINAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
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DOI: 10.22533/at.ed.95819130615
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Palavras-chave: Parto normal. Episiotomia. Ocitocina.
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Keywords: Normal childbirth. Episiotomy. Oxytocin.
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Abstract:
Vaginal delivery is a natural and physiological process which should
occur without intervention of the greatest complexity. The achievement of interventions
without indication are correlated with worse maternal and neonatal outcomes.
OBJECTIVE: To know the frequency and indications of episiotomy and oxytocin at the
vaginal delivery. METHODS: This is an integrative review of the literature. The data
were selected through two searches in the MEDLINE, LILACS and BDENF databases,
employing descriptors “normal delivery, episiotomy”, subsequent “normal delivery,
oxytocin”, connected by the Boolean operator AND. Scientific articles were included,
publication year 2013 to 2017 and full text available. Literary reviews, duplicate articles,
fugue, animal research and case report were excluded. RESULTS: The application
of the criteria resulted in 16 articles, 6 in Brazil and 10 abroad. The sample ranged
from 63 to 691,738 parturients, with ages ranging from 17 to 46 years. The use of
oxytocin ranged from 27% in studies in Sweden to 100% during the third stage of labor
in Brazil. In all articles, these interventions were excessive, being more indicated in the
prolongation of labor, prevention of cesarean section and risks for hemorrhage. The
rates of episiotomy in births were 2.4% to 83%, with 81.8% of the studies presenting
rates higher than those recommended by the World Health Organization. There was
a predominance of primiparous, in Brazil and abroad, being indicated mainly by the
perineum resistance and primiparity. CONCLUSION: Obstetrical interventions were
perceived to be abusive and should reflect the criteria required for these procedures.
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Número de páginas: 15
- Vanessa Brasil da Silva
- Ana Larissa Araújo Nogueira
- Eduarda Gomes Bogea
- Larissa Costa Ribeiro