INTERVENÇÕES ARQUIVÍSTICAS NA ARTE DO GRAFITE E A PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA SOCIAL POR MEIO DE REPOSITÓRIOS DIGITAIS
O grafite é uma forma de arte urbana com vestígios originários desde a antiguidade, precisamente no período do Império Romano, no qual o homem sentia a necessidade de registrar seus conhecimentos e preservar a memória, por meio de desenhos produzidos nas paredes. Séculos depois, esses desenhos foram codificados e apresentados as sociedades como uma forma de registro do cotidiano Romano. Entretanto, foi no ano de 1970, nos Estados Unidos da América, que o grafite ganhou maior visibilidade associado à musicalidade do hip hop e se espalhou pelas periferias americanas. No Brasil, a produção do grafite foi introduzida nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, com as características americanas, porém, com uma personalidade brasileira nos traços dos desenhos. No campo da representação do conhecimento, as produções iconográficas do grafite se moldam como uma forma de manifestação artística subjetiva da expressão entre o autor e a sociedade. A arte do grafite pode ser classificada como uma manifestação artística de cunho político, social, educativo e de preservação da memória. O presente trabalho tem como objetivo relacionar a memória coletiva e social dos moradores do bairro Vista Bela localizado na cidade de Londrina - Paraná, região sul do Brasil com a iconografia do grafite produzida no espaço urbano. Realizou-se um estudo descritivo, exploratório, aplicada e documental acerca da literatura científica em língua portuguesa em teses, dissertações, livros e artigos. Como resultado demonstrou-se no contexto da Arquivologia, os benefícios das ações arquivísticas para o fortalecimento da materialidade da memória social e preservação dos registros iconográficos do grafite, os quais se consolidam por meio dos tratamentos arquivísticos do acervo a ser criado e da preservação dos registros por meio de repositórios digitais.
INTERVENÇÕES ARQUIVÍSTICAS NA ARTE DO GRAFITE E A PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA SOCIAL POR MEIO DE REPOSITÓRIOS DIGITAIS
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DOI: 10.22533/at.ed.5992226049
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Palavras-chave: Arte do grafite. Preservação. Memória Social. Repositórios digitais.
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Keywords: ARCHIVISTIC INTERVENTIONS IN GRAPHITE ART AND THE PRESERVATION OF SOCIAL MEMORY THROUGH DIGITAL REPOSITORY
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Abstract:
The graffiti is a form of urban art with traces originating from antiquity, precisely in the period of the Roman Empire, in which man felt the need to record his knowledge and preserve memory, through drawings produced on the walls. Centuries later, these drawings were codified and presented to societies as a way of recording Roman daily life. However, it was in the 1970s, in the United States of America, that graffiti gained greater visibility associated with hip hop musicality and spread throughout the American peripheries. In Brazil, the production of graffiti was introduced in the cities of São Paulo and Rio de Janeiro, with American characteristics, however, with a Brazilian personality in the traits of the drawings. In the field of knowledge representation, the iconographic productions of graffiti are shaped as a form of subjective artistic expression of expression between the author and society. Graffiti art can be classified as an artistic manifestation of a political, social, educational and memory preservation nature. The present work aims to relate the collective and social memory of the residents of the Vista Bela neighborhood located in the city of Londrina - Paraná, southern Brazil with the iconography of graffiti produced in urban space. A descriptive, exploratory, applied and documentary study was carried out on scientific literature in Portuguese in theses, dissertations, books and articles. As a result, it was demonstrated in the context of Archival Science, the benefits of archival actions to strengthen the materiality of social memory and preservation of iconographic records of graffiti, which are consolidated through the archival treatments of the collection to be created and the preservation of records through digital repositories.
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Número de páginas: 13
- Alisangela Aparecida da Silva Santos
- Gustavo Menon Miranda
- Alexandre Fernal