INTERVENÇÃO E PESQUISA EM PROMOÇÃO DE SAÚDE NA EJA: DESAFIO DO USO DE METODOLOGIAS EMANCIPATÓRIAS
A promoção de saúde produz
uma ruptura com a noção de saúde como
simplesmente ausência de doença, propondose
a atuar sobre os determinantes sociais da
saúde. Incide sobre as condições de vida da
população, superando modelo de ação focado
na prestação de serviços clínico-assistenciais,
ao propor um novo paradigma que integra
conceitos oriundos de diferentes disciplinas
e de articulações intersetoriais, entre eles
com a educação. Um projeto que pretenda
promover saúde deve seguir alguns princípios
fundamentais, entre eles o de dotar a população
de ferramentas para melhorar sua capacidade,
produzindo empoderamento e possibilitar que
a população alvo participe do projeto como
sujeito ativo, desde sua formulação, até a
avaliação. A Educação em Jovens e Adultos
possui uma longa história, ligada à condição
de mediação educativa para a situação de
desigualdade social, situação que dificulta
o acesso qualificado à educação de parte da
população e não proporciona condições para a
permanência na escola para muitos jovens em
situação de vulnerabilidade. Tal condição acaba
por produzir um processo de exclusão escolar,
que a EJA tenta, de alguma forma, reverter.
Este artigo apresenta o relato de experiência
de pesquisa-ação, ainda em andamento, desenvolvida junto aos núcleos de EJA
de Florianópolis, voltado para abordar problemas relativos ao uso de drogas e seus
impactos no processo de aprendizado. Objetiva discutir a dimensão participativa na
elaboração e implementação do projeto ora relatado, a fim de refletir sobre os desafios
do uso de metodologias emancipatórias na perspectiva da promoção da saúde em
ambientes escolares.
INTERVENÇÃO E PESQUISA EM PROMOÇÃO DE SAÚDE NA EJA: DESAFIO DO USO DE METODOLOGIAS EMANCIPATÓRIAS
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DOI: 10.22533/at.ed.41119150223
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Palavras-chave: Promoção de Saúde, Educação de Jovens e Adultos, Metodologia, Emancipação, Abuso de Drogas.
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Keywords: Health Promotion, Youth and Adult Education, Methodology, Emancipation, Drug Abuse.
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Abstract:
The health promotion produces a rupture with the notion of health as
simply the absence of disease, by acting on the social determinants. Focuses on the
living conditions of the population, surpassing action model focused on the provision
of clinical services-social assistance, in proposing a new paradigm that integrates
concepts from different disciplines and intersectoral, joints with the education. A project
to promote health should follow some basic principles, including providing the population
of tools to improve your capacity, producing empowerment and enable the target
population to participate in the project as active subject, since it`s formulation, until
the assessment. Youth and Adult Education has a long history, linked to the condition
of educational mediation to the situation of social inequality, which hampers access
to education of qualified part of the population and does not provide conditions for
staying in school to many young people in situations of vulnerability. Such a condition
will eventually produce an exclusion process that the YAE tries to revert. This article
presents the case studies of research-action, still in progress, developed along the
YAE schools of Florianópolis, aimed to address problems related to drug use and its
impact on the learning process. Objective to discuss the participatory dimension in the
elaboration and implementation of the project well reported, in order to reflect on the
challenges of using emancipatory methodologies in the context of health promotion in
school environments.
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Número de páginas: 15
- Leandro Castro Oltramari
- Diego Alegre Coelho
- Aline da Costa Soeiro
- Paulo Otávio D’Tôlis
- Caroline Cristine Custódio
- Júlia Andrade Ew
- Gabriela Rodrigues
- Daniela Ribeiro Schneider