INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM PACIENTES ONCOLÓGICOS IDOSOS
A longevidade está associada à elevada prevalência de distúrbios crônico-degenerativos. A polifarmácia em pacientes geriátricos se mostra um grande problema na saúde pública, uma vez que ela aumenta o risco das interações medicamentosas (IM) e de efeitos adversos, pondo a saúde do paciente em risco. Em relação ao paciente oncológico, as IM podem propiciar uma diminuição na tolerância ao tratamento antineoplásico, restrição de indicações terapêuticas adequadas e piora de prognóstico. Logo, a saúde do próprio paciente se encontra em situação de risco por conta dos tratamentos que está submetido. O objetivo dessa revisão é identificar a prevalência e complicações das interações medicamentosas em idosos com algum tipo de neoplasia. Dessa forma, foi realizado um levantamento bibliográfico em bases de dados científicos, sendo que foram incluídos artigos que retratavam sobre as interações medicamentosas mais prevalentes e seus efeitos adversos em idosos submetidos a algum tipo de tratamento antineoplásico. A partir dos estudos analisados, foi observado que a maioria dos idosos apresentou IM envolvendo fármacos para tratamento de doenças não neoplásicas, de forma que a maior parte dessas IM foram classificadas como graves e tiveram como o principal fator influenciador a farmacodinâmica. Acerca das IM causadas por antineoplásicos, pode-se dizer que são menos recorrentes, porém ainda abrangem um número significativo de idosos e, são classificadas em sua maioria como graves, englobando medicamentos classificados como do tipo farmacocinético. Além disso, observou-se influência direta entre o número de medicamentos ministrados e as IM. Nesse contexto, a polifarmácia aplicada tanto no tratamento de neoplasias como em idosos em geral eleva a ocorrência de interações em pacientes geriátricos oncológicos.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM PACIENTES ONCOLÓGICOS IDOSOS
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DOI: 10.22533/at.ed.69822150210
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Palavras-chave: Antineoplásicos. Idoso. Interações medicamentosas. Oncologia.
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Keywords: Antineoplastic agents. Aged. Drug interactions. Oncology.
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Abstract:
Longevity is associated with a high prevalence of chronic-degenerative disorders. Polypharmacy in geriatric patients is a major public health problem, as it increases the risk of drug interactions (DI) and adverse effects, putting the patient's health at risk. In relation to cancer patients, DI can lead to a decrease in tolerance to antineoplastic treatment, restriction of appropriate therapeutic indications and worsening of the prognosis. Therefore, the health of the patient is at risk due to the treatments he is undergoing. The objective of this review is to identify the prevalence and complications of drug interactions in elderly people with some type of cancer. Thus, a bibliographic survey was carried out in scientific databases, and articles that portrayed the most prevalent drug interactions and their adverse effects in elderly people undergoing some type of antineoplastic treatment were included. From the analyzed studies, it was observed that most elderly people had DI involving drugs for the treatment of non-neoplastic diseases, so that most of these DI were classified as severe and had pharmacodynamics as the main influencing factor. Regarding DI caused by antineoplastic drugs, it can be said that they are less recurrent, but they still cover a significant number of elderly people and are mostly classified as severe, encompassing drugs classified as pharmacokinetic type. In addition, there was a direct influence between the number of medications administered and the DI. In this context, polypharmacy applied both in the treatment of cancer and in the elderly in general increases the occurrence of interactions in geriatric cancer patients.
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Número de páginas: 13
- Mariana Vieira de Andrade
- Paula Mendonça Honorato
- Paola Renon Rosa da Costa
- Kamila Norberlandi Leite
- Fernanda Morais Machado
- Guilherme Calil e Silva
- Pedro Carvalho Campos Faria
- Gustavo Fleury Gomes Ferreira
- Aline de Araújo Freitas
- Julia Marques Aguirre
