As transformações no ensino superior com

o uso de metodologias ativas incentivam os

acadêmicos da área de saúde a intervirem

na comunidade de uma forma mais proativa.

Esse resumo relata a experiência de alunos

da graduação em medicina da disciplina de

Integração Ensino Serviço e Comunidade

que são inseridos nas unidades de saúde da

Família (Centro de Saúde da Comunidade

Laurídes Lima Milhomem em Palmas -TO),

desde o primeiro período da graduação, em

pequenos grupos, e realizam todas as suas

atividades utilizando de metodologias ativas.

Nessa atividade realizou-se a construção de

maquete para entendimento da territorialização

em saúde. Os alunos, discutiram conceitos de

saúde, território, determinantes de saúde, SUS,

e desenvolveram atividades de entrevista, rodas

de conversa, observação ativa, e em equipe

trabalharam afim de identificar as questões de

saúde da comunidade e território. Para isso

desenvolveram uma representação de escala

reduzida na forma de maquete do território onde

estão inseridos, através da qual pontuaram as

potencialidades, vulnerabilidades, identificaram

atores de saúde da comunidade e analisaram

os agravos de saúde mais comuns naquele

campo de forma dinâmica, o que dá uma base

para que os casos clínicos daquela região sejam

discutidos e correlacionando a sua localização e

condicionantes de saúde. Para realização desse

trabalho foram realizadas visitas domiciliares

e visitas para reconhecimento de área com

auxílio de agentes de saúde e comunidade. Em

sequência feito análise de dados de saúde, das

situações de risco e doenças crônicas, da área e

são comparados com dados de saúde colhidos

dos agentes de saúde. Desenvolvendo essa

atividade constatamos que no Centro de Saúde

há falhas na análise das situações de saúde,

pois nem toda população e agravos tem sido

registrados mesmo sendo de conhecimento dos

profissionais da unidade, alguns profissionais

desconheciam a importância do trabalho de

territorialização. Nesse Sentido a maquete

possibilitou a elaboração de novas estratégias

para melhorar o diálogo entre as equipes

e a assistência da população. Esta é uma

ferramenta que dinamizou as discussões e

facilitou a visualização dos problemas de saúde

da área, pelos alunos e equipe, e deixou mais

evidente os problemas que podem receber intervenção dos profissionais de saúde da

região. O uso de metodologias ativas para ensino da saúde, a construção de maquetes,

discussão de experiências de visitas e relatos, torna o ensino da territorialização em

saúde mais eficaz facilita a análise da situação e a elaboração de estratégias efetivas

para fazer intervenções na comunidade.