INTRODUÇÃO: A leucemia é uma neoplasia hematológica caracterizada pela proliferação descontrolada de células precursoras do sistema hematopoético, levando a complicações severas e, muitas vezes, à morte do paciente. O transplante de medula óssea, ou transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH), tem se estabelecido como uma terapia fundamental para o tratamento de leucemias, especialmente em casos refratários. Nos últimos anos, inovações significativas têm sido introduzidas nesse campo, visando melhorar a eficácia do tratamento e a qualidade de vida dos pacientes. OBJETIVOS: O objetivo deste artigo é revisar sistematicamente as inovações no transplante de medula óssea em pacientes com leucemia, focando em novas abordagens terapêuticas, melhorias nas técnicas de transplante, estratégias de manejo pós-transplante e a importância da conscientização sobre a doação de medula óssea. A revisão busca compilar evidências sobre como essas inovações têm impactado os desfechos clínicos e a qualidade de vida dos pacientes. METODOLOGIA: A metodologia adotada para esta revisão sistemática incluiu a busca em bases de dados científicos como PubMed, Scopus e Lilacs, utilizando palavras-chave relacionadas ao transplante de medula óssea e inovações no tratamento de leucemia. Os critérios de inclusão abrangeram estudos publicados nos últimos dez anos que abordassem inovações tecnológicas, terapias celulares, cuidados pós-transplante e campanhas de conscientização sobre doação de medula óssea. A análise dos dados foi realizada de forma qualitativa, sintetizando as informações relevantes encontradas na literatura. RESULTADOS: Os resultados da revisão indicam que as inovações no transplante de medula óssea incluem o uso de células-tronco mesenquimatosas, que têm mostrado potencial para melhorar a recuperação hematológica e reduzir complicações como a doença enxerto versus hospedeiro (DEGH). Além disso, a implementação de protocolos de cuidados mais rigorosos e o uso de tecnologias avançadas têm contribuído para a diminuição das taxas de infecção e toxicidade associadas ao tratamento. A revisão também destacou a importância do acompanhamento pós-transplante, que inclui suporte psicológico e programas de reabilitação, como fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. CONCLUSÃO: As inovações no transplante de medula óssea em pacientes com leucemia demonstraram um impacto positivo na eficácia do tratamento e na qualidade de vida dos pacientes. A continuidade da pesquisa e o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas são essenciais para enfrentar os desafios atuais e melhorar os desfechos clínicos. O futuro do transplante de medula óssea dependerá da integração dessas inovações com práticas clínicas estabelecidas, garantindo assim um tratamento mais eficaz e seguro para todos os pacientes.