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capa do ebook INFUSÃO CONTÍNUA DE NOREPINEFRINA NO CONTROLE DE HIPOTENSÃO TRANS E PÓS-OPERATÓRIO DE FELINO: RELATO DE CASO

INFUSÃO CONTÍNUA DE NOREPINEFRINA NO CONTROLE DE HIPOTENSÃO TRANS E PÓS-OPERATÓRIO DE FELINO: RELATO DE CASO

Hipotensão é uma das principais complicações anestésicas em felinos. Essa variação cardiovascular causa uma série de mudanças no organismo do animal, na tentativa de compensar as alterações nos parâmetros hemodinâmicos do mesmo. Diante deste quadro, a escolha do vasopressor para um protocolo adequado tem o potencial de restabelecer a perfusão tecidual adequada, evitando assim danos significativos e diminuindo os riscos da anestesia ao paciente felino. O objetivo deste relato de caso é descrever o uso da norepinefrina em infusão contínua durante o trans e pós anestésico em paciente felino submetido à cistorrafia e uretrostomia perineal emergencial. Foi realizado atendimento de emergência em um felino, macho, castrado, de 8 anos, sem raça definida, pesando 3,8kg, escore corporal de 5 (escala de 1-9), animal já em tratamento para obstrução. Ao exame físico, constatou-se a presença de parte da sonda uretral rompida, bexiga pequena e palpável, desconforto abdominal e dor na palpação, mucosas hipocoradas, desidratação moderada, temperatura retal de 39,5°C. Após estabilização foi necessária intervenção cirúrgica devido a ruptura uretral, neste momento o paciente apresentava FC de 140bpm, pulso síncrono hipocinético e pressão arterial sistólica (PAS) de 60mmHg. O mesmo foi classificado segundo a Sociedade americana de Anestesiologistas como ASA IV. Foi administrado bolus de efedrina (0.2 mg/Kg/IV), e passando a PAS para 100mmHg, porém após indução foi observada queda na mesma sendo iniciada a infusão contínua (IC) de norepinefrina (0.5mcg/kg/min), dose esta mantida até 8 horas após o término do procedimento cirúrgico. Ao final deste período foi retirada a IC e realizada a aferição da PAS a cada 4 horas, a qual se manteve entre 100 e 110mmHg. Os outros parâmetros se mantiveram estáveis para espécie. A administração do fármaco e seu monitoramento adequado permitiu a reversão do quadro de hipotensão permitindo a manutenção da PAS. A norepinefrina é considerada um dos vasopressores de primeira escolha para o uso em felinos, pois exerce efeito inotrópico e cronotrópico positivo, melhorando o débito cardíaco, aumentando força de contração, reduzindo a frequência cardíaca, aumentando a oferta de oxigênio e consequentemente aumentando a PAS, assim como observado no caso descrito. O uso da norepinefrina em IC durante o trans e pós-anestésico se mostrou efetivo ao longo do tratamento do paciente, sendo um adjuvante na reversão do quadro de hipotensão. Devido a escolha do fármaco em dose terapêutica adequada, o monitoramento constante demonstrou que esta não ocasionou efeitos adversos durante seu uso e contribuiu, ainda, com o prognóstico do paciente.

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INFUSÃO CONTÍNUA DE NOREPINEFRINA NO CONTROLE DE HIPOTENSÃO TRANS E PÓS-OPERATÓRIO DE FELINO: RELATO DE CASO

  • DOI: 10.22533/at.ed.5462007123

  • Palavras-chave: anestesia, gatos, noradrenalina, vasopressor.

  • Keywords: anesthesia, cats, norepinephrine, vasopressor.

  • Abstract:

    Hypotension is one of the main anesthetic complications in felines. This cardiovascular variation causes a series of changes in the animal's organism, in an attempt to compensate for changes in its hemodynamic parameters. In view of this situation, the choice of vasopressor for an adequate protocol has the potential to reestablish adequate tissue perfusion, thus avoiding significant damage and reducing the risks of anesthesia for the feline patient. The purpose of this case report is to describe the use of norepinephrine in continuous infusion during trans and post anesthetic in a feline patient undergoing cystography and emergency perineal urethrostomy. Emergency care was performed on an 8-year-old male, mixed breed, feline, weighing 3.8 kg, body score of 5 (scale 1-9), animal already being treated for obstruction. On physical examination, it was found the presence of part of the ruptured urethral tube, small and palpable bladder, abdominal discomfort and pain on palpation, pale mucous membranes, moderate dehydration, rectal temperature of 39.5° C. After stabilization, surgical intervention was necessary due to urethral rupture. At this moment, the patient had a HR of 140 bpm, a hypokinetic synchronous pulse and systolic blood pressure (SBP) of 60 mmHg. It was classified according to the American Society of Anesthesiologists as ASA IV. A bolus of ephedrine (0.2 mg/Kg/IV) was administered, and the SBP was changed to 100mmHg, but after induction, a fall was observed and the continuous infusion (CI) of norepinephrine (0.5mcg / kg / min) was started, this dose maintained up to 8 hours after the end of the surgical procedure. At the end of this period, the CI was removed and the SBP was measured every 4 hours, which remained between 100 and 110 mmHg. The other parameters remained stable for the species. The administration of the drug and its adequate monitoring allowed the reversal of the hypotension picture, allowing the maintenance of PAS. Norepinephrine is considered one of the first choice vasopressors for use in felines, as it exerts a positive inotropic and chronotropic effect, improving cardiac output, increasing contraction strength, reducing heart rate, increasing oxygen supply and, consequently, increasing SBP, as seen in the case described. The use of norepinephrine in HF during trans and post-anesthesia proved to be effective throughout the patient's treatment, being an adjunct in reversing the hypotension picture. Due to the choice of the drug in an appropriate therapeutic dose, constant monitoring showed that it did not cause adverse effects during its use and also contributed to the patient's prognosis.

  • Número de páginas: 14

  • Isabela Nicoletti Fávero
  • Camila Feltrin Giglio
  • Rochelle Gorczak
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