INFLUENZA (GRIPE): MORBIMORTALIDADE HOSPITALAR NO ESTADO DA BAHIA NO PERÍODO 2008-2017
A gripe é uma infecção viral causada pelo agente etiológico Myxovírus influenzae, de distribuição global e de elevada transmissibilidade. Manifesta-se como uma doença aguda, febril, prostrante, acompanhada de sintomas sistêmicos e do trato respiratório. A transmissão ocorre pelo contato interpessoal, através de secreções respiratórias ou manuseio de objetos contaminados. A letalidade está diretamente relacionada à idade, às comorbidades e ao estado vacinal. O padrão epidemiológico da Influenza pode nortear estratégias para o controle da gripe e da COVID-19 devido às semelhanças nas suas dinâmicas de transmissão. Objetivou-se descrever as internações hospitalares por gripe no Estado da Bahia, através da lista de morbidade do CID-10 (J11), no período de 2008 a 2017, quanto aos custos de hospitalização, características sociodemográficas e mortalidade. Estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo, de análise quantitativa, cuja fonte de dados foi o Sistema de Morbidade Hospitalar (SIH-SUS) do Ministério da Saúde. Foram registradas 40.731 internações por gripe na Bahia no período analisado. O ano de 2014 concentrou o maior número de internações (16,15%). A taxa de mortalidade foi 0,70 óbitos/100 internações, com redução de 68,88% de 2008 para 2017, e 76,40% dos óbitos ocorrendo na faixa etária acima de 60 anos. O valor médio de internamento foi R$ 606,98 e o tempo médio de permanência hospitalar foi 2,9 dias. A faixa etária predominante foi 1-4 anos (20,54%), o que foi concordante com a literatura. A mortalidade foi maior em idosos, possivelmente decorrente de comorbidades associadas. Embora a taxa de mortalidade tenha apresentado uma tendência à redução a cada ano, sua semelhança na apresentação clínica e nas vias de transmissão com COVID-19, associado ao seu significativo número de internações, demonstram a necessidade de reforçar atividades preventivas, como a vacinação, pesquisa e participação ativa da rede de vigilância. Reforça-se, ainda, a necessidade de diagnóstico imediato e terapia precoce para prevenir complicações.
INFLUENZA (GRIPE): MORBIMORTALIDADE HOSPITALAR NO ESTADO DA BAHIA NO PERÍODO 2008-2017
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DOI: 10.22533/at.ed.80720180817
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Palavras-chave: Epidemiologia, Gripe, Influenza, Saúde Pública, COVID-19
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Keywords: Epidemiology, Flu, Influenza, Public Health, COVID-19
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Abstract:
Influenza is a viral infection caused by the etiological agent Myxovirus influenzae, with global distribution and high transmissibility. It manifests as an acute, feverish, prostrating disease, accompanied by systemic symptoms and the respiratory tract. Transmission occurs by interpersonal contact, respiratory secretions or handling contaminated objects. Lethality is directly related to the population's age, comorbidities and vaccination status. The epidemiological pattern of Influenza can guide strategies for the control of influenza and COVID-19 due to similarities in its transmission dynamics. This paper intends to describe hospital admissions for influenza in the State of Bahia, by CID-10 (J11) morbidity list, from 2008 to 2017, regarding hospitalization costs, sociodemographic characteristics and mortality. Epidemiological, descriptive and retrospective study, with quantitative analysis, using data from the Hospital Morbidity System (SIH-SUS) of the Ministry of Health. There were 40,731 hospitalizations due to influenza in Bahia in the analyzed period. The year 2014 concentrated the largest number of hospitalizations (16.15%). The ratio of deaths was 0.70 deaths/100 hospitalizations, with a reduction of 68.88% from 2008 to 2017, with 76.40% of deaths occurring in the age group above 60 years. The average hospital stay was R$ 606.98 and the average hospital stay was 2.9 days. The predominant age group was 1-4 years (20.54%), which was in agreement with the literature. Mortality was higher in the elderly, possibly due to associated comorbidities. Although the mortality rate shows a tendency to decrease each year, the epidemiological relationship with COVID-19 and the significant number of hospitalizations demonstrate the need to reinforce preventive activities, such as vaccination, research and active participation of the surveillance network.
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Número de páginas: 13
- Karina Souza Ferreira Maia
- Marize Fonseca de Oliveira