INFECÇÕES PELO VÍRUS DA HEPATITE B NO BRASIL: EPIDEMIOLOGIA
Introdução: Doenças transmissíveis endêmico-epidêmicas como as hepatites virais constituem grande desafio para a saúde pública brasileira e, segundo o Ministério da Saúde, 15% da população já entrou em contato com o vírus da hepatite B (VHB), com cerca de 1% evoluindo para cronicidade. A partir dos anos 1990, foi implementada a ampla vacinação de crianças a partir do nascimento, o que contribuiu para mudanças no perfil epidemiológico da infecção. Assim, os estudos epidemiológicos possuem o papel de conhecer indicativos como magnitude, tendência e distribuição geográfica e por faixa etária das infecções, para assim fortalecer a proteção em áreas e grupos de risco. Objetivo: Descrever a prevalência clinico-epidemiológica da Hepatite B no Brasil. Método: Estudo longitudinal, retrospectivo e analítico descritivo baseado em dados secundários obtidos do DATASUS. Para a realização da pesquisa, foram considerados os registros dos anos 2008 a 2018, utilizando cruzamentos de dados das variáveis: regiões acometidas, faixa etária, sexo, escolaridade, forma clínica, fonte de transmissão e diagnóstico etiológico. Para tanto, foi aplicada uma estatística descritiva dos dados incluídos na pesquisa. Resultados: A infecção pelo vírus B constituiu a segunda etiologia mais frequente de hepatites virais no Brasil, no período estudado, tendo sido registrados 161 mil casos. A região Sudeste apresentou 33,97% dos casos, seguida da região Sul com 31.8%. A faixa etária de 20 a 29 anos, foi a mais acometida, com 45,6% dos casos. Quanto ao sexo, o masculino corresponde a 54%. A fonte de transmissão mais comum foi a via sexual, representando 24,3% dos infectados. Quanto à confirmação diagnóstica, a laboratorial representou 99,98%, já o clinico-epidemiológico 0,02%. Conclusão: O perfil epidemiológico da hepatite B é caracterizado por homens, tendo de 20 a 29 anos, com predomínio da transmissão sexual. Para fins diagnósticos, a confirmação laboratorial predomina. A região Sudeste apresentou o maior número de infecções por vírus B.
INFECÇÕES PELO VÍRUS DA HEPATITE B NO BRASIL: EPIDEMIOLOGIA
-
DOI: 10.22533/at.ed.02520160417
-
Palavras-chave: Hepatite B; Brasil; Epidemiologia
-
Keywords: Hepatitis B; Brazil; Epidemiology
-
Abstract:
Introduction: Endemic-epidemic communicable diseases such as viral hepatitis are a major challenge for Brazilian public health and, according to the Ministry of Health, 15% of the population has come into contact with hepatitis B virus (HBV), with about 1%. evolving into chronicity. From the 1990s, the wide vaccination of children from birth was implemented, which contributed to changes in the epidemiological profile of the infection. Thus, epidemiological studies have the role of knowing indicatives such as magnitude, trend and geographical distribution and age range of infections, thus strengthening protection in risk areas and groups. Objective: To describe the clinical and epidemiological prevalence of hepatitis B in Brazil. Method: Longitudinal, retrospective and descriptive analytical study based on secondary data obtained from DATASUS. To conduct the research, we considered the records from 2008 to 2018, using data crossings of the variables: affected regions, age, gender, education, clinical form, source of transmission and etiological diagnosis. Therefore, a descriptive statistics of the data included in the research was applied. Results: Virus B infection was the second most common etiology of viral hepatitis in Brazil during the study period, and 161,000 cases were reported. The Southeast region had 33.97% of the cases, followed by the South region with 31.8%. The age group from 20 to 29 years was the most affected, with 45.6% of cases. As for gender, the male corresponds to 54%. The most common source of transmission was the sexual route, representing 24.3% of those infected. As for diagnostic confirmation, the laboratory represented 99.98%, while the clinical epidemiological 0.02%. Conclusion: The epidemiological profile of hepatitis B is characterized by men, aged 20 to 29 years, with a predominance of sexual transmission. For diagnostic purposes, laboratory confirmation predominates. The Southeast region had the highest number of B virus infections.
-
Número de páginas: 5
- Vitória Gabrielle Matos Nascimento
- Céres Larissa Barbosa de Oliveira
- Beatriz Santiago Pantoja
- Camila Rodrigues Monteiro
- Izabella Rocha da Costa