INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM MULHERES DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO DE CURITIBA: FATORES DE RISCO, TRATAMENTO, DESFECHO, EVOLUÇÃO E APRESENTAÇÃO CLÍNICA
Introdução: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) em mulheres ainda é subtratado e subdiagnosticado. Concomitantemente, o número absoluto de casos aumentou, devido à maior exposição a fatores de risco. Objetivo: Avaliar a interferência dos fatores de risco na evolução, tratamento, desfecho e perfil clínico da amostra analisada. Métodos: Estudo retrospectivo com mulheres adultas atendidas por dor torácica em Serviço Emergencial de Hospital de referência de Curitiba-PR, por procura direta ou referenciada, entre 1º de janeiro de 2016 e 31 de dezembro de 2020 e que tiveram diagnóstico de IAM confirmado. Foram analisados os dados: idade, classificação do infarto, histórico familiar de 1º grau de doença cardiovascular, presença de comorbidades, evento cardiovascular prévio, condições e hábitos de vida, exames complementares, evolução clínica, uso de hormônio exógeno, tempo entre início de sintomas e procura do atendimento (Delta T), apresentação clínica, tratamento, desfecho clínico e recidiva de IAM. A estratificação de risco foi feita de acordo com a classificação de Killip. Resultados: Amostra composta por 190 pacientes na faixa etária de 18 a 101 anos, com as seguintes características clínicas: 64,7% apresentavam idade > 60 anos, mediana do Delta T de 600 minutos, 75,3% foram submetidas ao tratamento por meio da angioplastia, 88,4% receberam alta hospitalar, 90% apresentaram classificação de Killip 1, 72,6% evoluíram sem complicações hospitalares, 52,6% das mulheres apresentaram alterações com supradesnivelamento do segmento ST no eletrocardiograma, 96,3% tinham TnI (troponina) alterada. Os fatores de risco predominantes foram Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), dislipidemia e tabagismo. Apenas 4,2% não apresentavam nenhum fator de risco e 52,6% das mulheres apresentavam 3 ou mais. Conclusão: Os principais fatores de risco foram HAS, dislipidemia e tabagismo. Além disso, os demais fatores analisados apresentam importância clínica, visando à prevenção e promoção da saúde da mulher.
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM MULHERES DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO DE CURITIBA: FATORES DE RISCO, TRATAMENTO, DESFECHO, EVOLUÇÃO E APRESENTAÇÃO CLÍNICA
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DOI: 10.22533/at.ed.9472315087
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Palavras-chave: Infarto agudo do miocárdio; mulheres; evolução clínica; fatores de risco.
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Keywords: Acute myocardial infarction; women; clinical course; risk factors.
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Abstract:
Introduction: Acute Myocardial Infarction (AMI) in women is still undertreated and underdiagnosed. Concomitantly, the absolute number of cases increased, due to greater exposure to risk factors. Objective: To evaluate the interference of risk factors in the evolution, treatment, outcome, and clinical profile of the analyzed sample. Methods: Retrospective study with adult women attended for chest pain in the Emergency Service of a reference Hospital in Curitiba-PR, by direct or referred search, between January 1, 2016, and December 31, 2020, and who had a confirmed diagnosis of AMI. Data analyzed: age, infarction classification, family history of 1st-degree cardiovascular disease, presence of comorbidities, previous cardiovascular event, living conditions and habits, complementary exams, clinical evolution, use of an exogenous hormone, the time between the onset of symptoms and seeking care (Delta T), clinical presentation, treatment, clinical outcome, and AMI recurrence. Risk stratification was performed according to the Killip classification. Results: Sample composed of 190 patients aged between 18 and 101 years, with the following clinical characteristics: 64.7% were aged > 60 years, median Delta T of 600 minutes, 75.3% underwent treatment after angioplasty, 88.4% were discharged from hospital, 90% had Killip classification 1, 72.6% had no hospital complications, 52.6% of women had changed with ST-segment elevation on the electrocardiogram, 96.3% had TnI (troponin) altered. The predominant risk factors were Systemic Arterial Hypertension (SAH), dyslipidemia, and smoking. Only 4.2% had no risk factors and 52.6% of women had 3 or more. Conclusion: The main risk factors were SAH, dyslipidemia, and smoking. In addition, the other analyzed factors have clinical importance, aiming at the prevention and promotion of women's health.
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